Cinzas vulcânicas causam crise na aeronáutica mundial
Por Joana Freitas e Carla Coelho
Erupção de vulcão na Islândia provocou enorme nuvem de poeiras que impediu mais de 70% dos voos entre Europa e o resto do mundo. Principal preocupação gera-se à volta da segurança.
Na região glaciar de Eyjafallajokull, na Islândia, um vulcão entrou em erupção no dia 21 de Março. As repercussões do fenómeno natural, que já obrigou à evacuação dos cerca de 500 habitantes, foram vindo a alastrar-se durante os últimos dias. Uma segunda erupção, no passado dia 14 de Abril, aumentou os efeitos nefastos da nuvem de fragmentos vulcânicos.
As cinzas provenientes da explosão do vulcão entraram na atmosfera, mantendo-se a uma altitude de 6 a 11 quilómetros. Apesar de não representar risco para a saúde pública, surgem outras consequências alarmantes, nomeadamente para os aparelhos e segurança do voo.
Esteve adormecido durante 200 anos e acordou pela terceira vez no dia 21 de Março. No dia 14 de Abril foi registada outra erupção que lançou uma nuvem negra para os céus. No dia 19 de Abril, novos tremores foram sentidos, mas o fumo baixou cerca de 2km da medida inicial, 10 quilómetros.
Milhões perdidos por dia na indústria de transporte aéreo. ver vídeo
A paralisação de cerca de 83% dos voos das companhias europeias teve consequências para os passageiros, para as prórpias companhias e também para empresas que dependem das transportadoras aéreas.
As acções das companhias aéreas estão a cair hoje mais de 3%. Os cancelamentos de centenas de voos nos últimos 5 dias, devido à nuvem de cinzas libertada pelo vulcão que entrou em actividade na Islândia, está a causar o caos nas acções das companhias aéreas. Segundo o Jornal de Negócios as acções da Britich Airways estão a cair 3,06% para os 228 euros, já a Lufthansa recua 3,34% para os 12,31 euros. A descida maior é a da Air France-KLM que desvaloriza cerca de 4% passando as suas acções a custar 11,94 euros.
Joana Teixeira, Sara Cardoso e Susana Correia