Blog de Jornalismo Especializado, Universidade Lusófona Porto

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Mai 11

Com apenas 23 anos, Zé Manel, actual vocalista do projecto Darko, é dono de um talento musical inalcançável. Zé nasceu em Lisboa, todavia, foi na Covilhã que viveu até aos quatro anos e em Viseu que passou onze da sua jovem vida. Além de sua vida musical, Zé Manel já tem participado em várias edições do Portugal Fashion, como em 2004 e 2005, onde desfilou para a Lion of Porches, participou nas peças de teatro “Everything but the clothes” e “Campos de amor”, no famoso Teatro Viriato, em Viseu.

 

Zé Manel 1

 

Nome : José Manuel Correia Ferreira Bicho.

Data de Nacimento : 4 de maio de 1988

Altura : 1,82m

Cidade onde gostaria de viver : Londres

Gosta de : Cantar, escrever, tocar piano, cozinhar e pintar.

Influências musicais : Gemma Hayes, Sixpence none the richer, Portishead, Jewel, Pj Harvey, Jeff Buckley e Damien Rice.

Filme favorito : Vanilla sky.

 

Foi aos nove anos, que se estreou aos microfones da RFM, com o famoso tema “Thank You”, de Alanis Morissette. Em 2002, foi quando começou a ser construída a história dos Fingertips, pois com catorze anos, começou a escrever canções com o seu antigo companheiro de banda Rui Saraiva, trabalho esse que deu origem ao primeiro álbum da banda, que se intitulou “All About Smoke & Mirrors”. O segundo trabalho dos Fingertips : “Catharsis”, chegou em 2009, com o já conhecido single de estreia do   No entanto, foi a balada “Melancholic Ballad”, que lhes abriu as portas na Rádio e Imprensa e isto fez com que, até à saída do Zé Manel em 2009, os Fingertips fossem um sério e feliz caso de popularidade, na música Pop-Electrónica portuguesa. Desde finais de 2010, tem estado em estúdio a produzir temas para o novo projecto com uma banda nome, de nome: “Darko”, que em finais do mês de Maio irá apresentar o novo trabalho, que se intitula “Borderline personallity disorder”. Foi agora aos 23 anos, que Zé Manel decidiu dar início a um novo capítulo na sua vida profissional com o projecto Darko, depois de se ter destacado durante 8 anos como vocalista e letrista dos Fingertips e como “alma” da banda. Recentemente, decidiu enveredar pela escrita, que já é uma paixão antiga, e escreveu um romance, de nome: “Inquietude”, onde aborda temas como: Toxicodependência, bissexualidade, conflito de gerações, violência doméstica e banalidades do dia-a-dia.

 

O interesse pelo mundo da música já vem de criança – refere, recordando a sua paixão de ir cantarolando pela casa horas sem fim. Abordando a questão mais seriamente, nunca teve ninguém na sua família ligado ao mundo da música, salvo excepção do avô materno, que foi vocalista residente do Casino Estoril durante imensos anos e que foi responsável pela composição de um leque variadíssimo de músicas célebres, dentro das quais se destaca a letra da “Sei quem ele é”, que o avô compôs para a conhecida Madalena Iglésias. “Daí talvez, tenha ficado esse gene” – refere Zé, quando abordado acerca do interesse pelo mundo da música.

Aparecer no mundo da música com 14 anos foi um processo natural- afirmou, aproveitando para referir que todos os seres humanos têm um dom e uma capacidade que os pode fazer sobressair e no caso dele, considera que acabou por chamá-lo de, de certa forma, para as responsabilidades do que era começar a aparecer neste mundo, ainda com alguma inconsciência e ingenuidade à mistura. A mudança para a metrópole Lisboa, depois de quase toda a infância vivida em Viseu, deveu-se a uma vontade enorme de ser uma pessoa sedenta de conhecimento, de variedade, novas experiências e , em jeito de gracejo, considerou que nas pequenas cidades há vantagens óbvias, como a comida da mãe, mas há constrangimentos inerentes. Por outro lado, abordando novamente a questão das metrópoles, referiu que gosta de gente diferente, com visuais diferentes, e que por essa mesma razão se mudou para Lisboa, a par das vantagens inerentes que uma capital oferece. A propósito do romance, de nome: “Inquietude”, que escreveu há cerca de ano e meio, e quando questionado sobre por que razão aborda no mesmo, temas como a toxicodependência, bissexualidade, conflito de gerações e violência doméstica, Zé Manel preferiu informar-nos que não se considera um escritor e que apenas quis tornar este capricho real. É um livro que, segundo zé, aborda a forma como vê o mundo, pegando numa série de situações que viveu, boas e más.

 

 

Quando abordado sobre o enorme hiato que decidiu fazer desde o fim da sua ligação aos Fingertips, em 2009, o entrevistado referiu que : “A pressa é inimiga da perfeição” e que esse mesmo ano foi um ano de grandes mudanças na sua vida, e onde muita coisa pesou. Cansou-se, de certa forma, de ser o “miúdo engraçadinho de cabelos compridos dos Fingertips”. Darko nasceu da vontade de Zé Manel se expressar livremente, através das músicas e letras que foi acumulando ao longo dos anos nos arquivos de sua casa. O resultado foi a criação de um trabalho extremamente pessoal, onde se vangloria, que sem qualquer aula de música ao longo dos anos, foi ele que fez as letras, músicas, produção do disco e que se orgulha muito de si mesmo, recordando a questão do dom, que foi importante para conseguir o que já conseguiu e ambiciona muito mais.

 

 

O disco que – segundo zé – lhe enche as medidas,  pois é  um trabalho tão pensado como espontâneo e é com orgulho que afirma ter feito o disco que quis, da forma mais simples que pôde existir: com franqueza e amor a tudo o que viveu nesta curta vida.  Entende, fazendo uma pequena alusão à perfeição, que hoje em dia, ser bom não basta, pois quando se começa a ser bom, a exigência do muito bom vem de seguida. “Tentar fazer algo…mais e melhor sempre”. O seu estilo musical é algo que tem sido questionado ao longo dos anos, pois nunca foi claramente definido, porém, arriscou a defini-lo como pop, mas um pop próprio, pois a sua única preocupação é fazer música para comunicar com as pessoas, ter um palco com uma plateia à frente, com as pessoas a cantar as suas músicas – refere. A inspiração procura-a em todo o lado, nas pessoas que conhece e na própria criação de problemas dentro da cabeça, na tentativa de soluciona-los daforma mais consciente que consiga. Este artista, que, geralmente, apenas escreve quando está triste, odeia escrever quando está contente, pois quando se está a divertir, não tem tempo para estar a escrever.

 

A música não é o meio de comunicação por excelência, a arte sim"

 

É um artista que ainda tem como metas para atingir todas as que forem viáveis, mas refere que já desde muito pequeno acorda, tendo a certeza que sempre irá chegar onde quer e que “ vai ter a casa com piscina, com que sempre sonhou, aos 30 anos”. Revela-se, actualmente, um fã incondicional das redes sociais (facebook), pois considerou imprescindível a comunicação com o público-alvo e entende estas ferramentas digitais como uma forma de chegar a todos, de forma bastante fácil, sem qualquer custo.

 

 

 O novo projecto Darko...

 

A escolha do nome do projecto foi difícil, mas acabou por ser finalmente uma óbvia alusão ao brilhante filme de culto “Donnie Darko” do realizador Richard Kelly, muitos jovens tem influenciado, ao longo da última década.   

 

“Darko poderia ser muitas coisas que gostava de ter sido e que espero ser, mas penso que no fim anos de trabalho não consegue ser mais do que simplesmente eu – a minha pessoa. Acaba por ser o encerrar o encerrar de uma década de ilusões, desilusões, conquistas e falhas”…

 

Do projecto fazem parte: Zé Manel (vozes e piano) Jorge Oliveira (bateria), Jorge Loura (guitarras), Alexandre Leão (baixo) e Miguel Amorim (teclas).  Após algumas tentativas, Zé Manel acabou por avançar o tema de avanço deste novo projecto, que se chama:  “Define Joy”. Uma canção que reflecte os paradoxos da sociedade actual, das relações amorosas, das dúvidas profissionais e inquietações pessoais. Fala-nos de como a felicidade é apenas estado temporário, efémero – refere. Clarificou-nos que o seu novo álbum será composto por 13 temas e que estará nas bancas no início do mês de Junho. Os arranjos são dos elementos da banda, a produção de Rui David (Hands on Approach), com a co-produção de Zé Manel e foi gravado entre Junho e Dezembro de 2010 no RD Estúdios, em Setúbal.

Várias pistas foram deixadas ao longo da conversa que permitiram concluir que Zé Manel tem visão, meios e, sobretudo, ambição e ideias que poderão ajudar a conferir aos seus projectos uma envergadura muito assinalável e um futuro muito sólido…

 

Em jeito de despedida deixou-me um “Obrigado por tudo, divirtam-se, sejam felizes”.

 

 Escute aqui o novo single :

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Reportagem elaborada por:

 J.Miguel Garcia

publicado por miguelgarcia88 às 13:44

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