Blog de Jornalismo Especializado, Universidade Lusófona Porto

23
Mai 11

 

 

 

 

    BOA NOITE E BOA SORTE

 

 

 

Era uma frase de Edward. R. Murrow.

 

 

 

Jornalista de uma cadeia de televisão Americana, CBS, que usava estas palavras sempre que se despedia do ar nas suas emissões na então principiante estação de televisão.

 

 

Na dita maior democracia do mundo, o filme trata de forma interessantíssima a censura e a pressão da classe política, das forças armadas, do estado em geral e da própria sociedade civil, em que um grupo de jornalistas da referida estação enceta uma luta contra o estado das coisas, nomeadamente, ao comentar situações com coragem e com afronta aos vários poderes de então, habituados a controlar tudo que era dito e escrito na época, e mesmo censurando tudo que se podia dizer no estrangeiro sobre a América.

 

 

Ficou evidenciado no decorrer do filme, o espírito de equipa e o modo como todos se sentam á mesa para dividir o risco da tomada de posição, que significava um caminho perigoso pois quer o tempo em que se vivia, quer a forma apertada como a sociedade americana perseguia os que de algum modo ousavam afrontar o sistema instalado.

 

 

Depois de todos terem assinado um compromisso de honra com a referida estação, por imposição desta, que mais não era que uma negação ao comunismo, tido como o grande perigo para a nação na época, onde se realizava uma verdadeira caça as bruxas com a desculpa do comunismo e onde as autoridades e sociedade em geral se valia disso para exercer uma censura apertada á comunicação social.

 

 

O carismático jornalista, foi capaz de afrontar tudo isso, perigoso e sério na altura, numa demonstração de profissionalismo e de coragem, uma luta para que as noticias fossem a verdade e os seus comentários reflectissem a verdade da notícia e da sua perspectiva dela.

 

 

Um filme interessante, complexo mas fascinante, que retrata bem os bastidores dos órgãos de comunicação da época nos primórdios da televisão, em que fica patente e bem demonstrado, que quase nada do se lia e se ouvia era a verdade das coisas, mas a verdade possível para os jornalistas que trabalhavam e divulgavam as noticias.

 

 

Na sequência das declarações e afirmações de um senador, Edward R. Murrow, faz um comentário às afirmações e questiona a verdade das mesmas e o seu aproveitamento político por parte do senador.

 

 

Com esta atitude tomada em consenso pelos seus colegas de estação, ficou dado um enorme contributo para a liberdade jornalística e para todos os que acreditam no seu trabalho e lutam pela verdade nos órgãos de comunicação social até aos nossos dias.

 

 

Isabel Fortes

publicado por isabelfortes às 20:28

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