Blog de Jornalismo Especializado, Universidade Lusófona Porto

17
Abr 12

É nos anos 50 nos estados Unidos da América que existe um confronto entre duas forças. O poder Político e o poder da comunicação cruzam se e entram em conflito, pois, defendem valores diferentes. 

O filme realizado por George Cloney aborda problemáticas que faziam parte dos primórdios da comunicação, assuntos que hoje em dia continuam a ser um grande entrave na “liberdade de expressão”. 

Embora existam mais personagens no filme vamos apenas focar duas, aquelas que representam os poderes aqui em causa. O poder da Comunicação era representado pelo repórter da CBS Edward R. Murrow enquanto que o poder político era desempenhado pelo senador Joseph McCarthy. O confronto entre estas duas figuras começou por não partilharem das mesmas opiniões, o objectivo do jornalista era denunciar as tácticas defendidas pelo senador a todo o povo americano. No fundo o jornalista usa o seu programa para difundir as suas ideias e é desta forma que o Edward R. Murrow defende as suas convicções. Era através da sua palavra que queria criar um povo activo e com ideias formadas.

Apesar de toda a opressão política vivida na altura o jornalista continuava a defender as suas ideias, queria dar voz a um povo calado. Mas, claro que um canal de televisão não vive sem patrocínios e já que não se pode calar um jornalista retira-se o necessário á subsistência de um órgão de Comunicação Social. É desta forma que a empresa “Alcoa”, patrocinadora do canal, retira as ajudas financeiras. Por consequência, superiores de Edward R. Murrow retiram-lhe poderes e obrigam-no a mudar de conteúdos, a direcção decide ainda retirar o programa do horário nobre. Desta forma podemos ver a grandeza da palavra da comunicação Social e de que forma é que a “Politica” continua a ter receio de como a mensagem desta Comunicação se pode tornar tão forte e tão capaz de formar ideias.  

É evidente como o “Quarto Poder” (jornalismo) continua a ser importante numa Sociedade. Continua deste modo a transtornar o Poder Politico.

 A luta por uma comunidade informada e com capacidade crítica começou nos anos 50 e hoje em dia o poder da comunicação abrange a maioria da sociedade. É graças á palavra de um bom comunicador que sem medo difunde o que acha justo e correcto que a mensagem chega até “NÓS”.  

 

Por: Joana Ferreira, 20093452

publicado por Regina Machado às 17:02

13
Abr 12

Antonio Soares

 

O filme de George Clooney "Boa Noite, e Boa Sorte" desenrola-se nos EUA entre os anos de 1954 e 1958 e retrata a relação em três diferentes partes: os Media, com os seus efeitos/manipulação, visto como o 4º poder; o Estado/Forças políticas/Forças económicas; e a Informação em si vista como o símbolo do poder.
A ação desencadeia-se com pressões sobre a expulsão de um jovem tenente das forças armadas, pelo pai e a irmã serem acusados de ler publicações de teor comunista, que no final da investigação jornalística acabaria por ser reintegrado nas forças armadas. Nesta época havia a chamada "Censura Murray", onde haviam reuniões para saber se os jornalistas tinham ligações comunistas.
Há uma frase emblemática no filme: "Se a TV serve apenas para entreter, divertir, serve para distrair, isolar e não educar, ficamos a perder". Surge um confronto entre a TV como veículo de entretenimento ou de informação, e o de a TV e a imprensa não refletir a verdadeira realidade.
Por um lado surge pressões económicas por parte dos patrocinadores e por outro lado pressões políticas, onde havia medo das perseguições, que poucos jornalistas a enfrentaram. Estávamos em plena época da Guerra Fria e existiam vários russos encartados.
Ao longo do filme assistimos confrontos entre as pressões económicas e políticas, através da censura, que nos anos 50 houve como uma "caça às bruxas" aos comunitas, versus as pressões mediáticas, através da informação com o programa "Veja Agora", do entretenimento com o "Cara a Cara", que por ter bastante popularidade e audiência, pagava as contas da estação.
Assistimos também no filme o confronto de ideias entre os jornalistas que defendem o jornalismo liberal e os que defendem um jornalismo conservador.

 

"A obra tem ainda o mérito de levantar questões universais, como a importância do direito de discordar e o próprio papel da TV para o crescimento das nações. A pressão exercida – e muito bem mostrada no filme - sobre o jornalista Murrow e sua equipe esclarece o quanto é difícil manter a liberdade de expressão em mídias invariavelmente sustentadas por anunciantes (que podem desaparecer automaticamente dependendo do conteúdo abordado).

Por fim, o discurso de Murrow ao receber uma homenagem – já nos momentos finais do filme – alerta como poucos sobre o papel da TV (para o bem e para o mal) na formação das sociedades." - in http://www.cinepop.com.br/criticas/boanoite.htm, Edson Barros

 

Veja aqui um trecho do filme, onde mostra o discurso do jornalista Edward R. Murrow em 1958 criticando a qualidade e o futuro da TV.


 

publicado por antoniomsoares às 17:19

O filme de Geoge Clooney relata o confronto entre os media e o Estado face ao poder da informação na década de 50, durante a Guerra Fria, que opôs os Estados Unidos da América à União Soviética. Apesar de se situar temporalmente neste período histórico, o filme retrata realidades actuais e denuncia valores e interesses que ainda hoje movem televisões.

 

Na história, o apresentador televisivo Edward Murrow usa o seu programa para transmitir  opiniões e difundir os seus ideais comunistas. O apresentador afirma, no início do filme, que  «A nossa História será aquilo que fizermos dela», colocando em causa a liderança mundial dos Estados Unidos da América e rompendo com os valores adquiridos e não questionados pelo resignado povo americano. Desta forma, Murrow enfrenta o poder político, representado no filme na figura do senador Joseph McCarthy. O filme confronta o espectador com a fragilidade da História que, para a classe política representada, tem dois lados igualmente válidos. O jornalismo enfrenta pressões diversas, mas as pressões políticas têm peso para modificar verdades e factos, quer pela omissão, quer pela censura opinativa e analítica.

 

Por outro lado, os constrangimentos financeiros levam o canal televisivo CBS a impor a autocensura. Este tipo de constrangimentos são representados em Boa Noite e Boa Sorte pela empresa Alcoa, patrocinadora do canal que, no final do filme, retira o patrocínio. Ilustram-se, assim, as barreiras colocadas aos jornalistas no exercício da sua profissão: o contorno de alguns factos e a selecção das declarações exibidas garantem uma mensagem aparentemente clara e inócua mas questionável e tendenciosa.

 

Murray mantinha-se fiel às convicções e surge como um fósforo no filme, revelando contradições de McCarthy e acendendo uma discussão, ignorando pressões externas e internas. O próprio director de programas, adepto de jornalismo conservador, afirma que «Todos nós fazemos censura», numa tentativa de desmotivar o espírito irreverente e inconformista do jornalista.

 

No final do filme, Murray discursa sobre a utilidade da televisão e afirma que  «A televisão pode ensinar», não devendo ser encarada apenas como uma fonte de entretenimento, mas também como um meio de comunicação capaz de tornar os seus espectadores cidadãos informados e conscientes da realidade e incentivá-los à luta pela verdade e ao confronto com o poder económico e político que rege tudo à sua volta.

publicado por jessicasantos às 13:08

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