Em Portugal, nos finais dos anos 90, a visibilidade mediática de determinados casos de delinquência juvenil estiveram na origem de um reforço de atenção para esta problemática.
Hoje as universidades estão atentas a esse fenómeno e começam a dar os primeiros passos na investigação de como a delinquência juvenil é tratada pela comunicação de massa. Congressos, conferências são realizados para aferir como é que a justiça e os média se ajustam quando os jovens são colocados no centro das agendas políticas e noticiosas.
Durante um certo tempo, de 90 até 2002, os jovens foram o pico de noticiabilidade dificilmente conseguido noutras ocasiões. O caso Crel, em 2000, constituiu um momento de pânico geral. Dos média passou para o público uma juventude associada a problemáticas sociais, como uma geração potenciadora de riscos e ameaças para a camada social.
No campo da justiça nesta área temos em Portugal a Lei de Protecção de protecção de crianças e jovens em perigo, que protege as crianças que vivem em situação de risco enquanto vítimas. E a
As vozes das notícias centram-se nas instituições de controlo de crime.
Não são criminosos mas delinquentes, não cometem um crime mas um ilicito.
Sustentados como “maníaco”, “monstro”,”ladroes precoces” e “ladroes assassinos”,
as vozes dos “jovens delinquentes”, essas, ficam aprisionadas na alma.
E só a sociedade lhes pode devolver uma nova oportunidade.
Susana Correia