Comunicador por excelência e vários sucessos somados ao longo da carreira fez com que Álvaro Costa fosse o primeiro de muitos convidados à aula de Jornalismo Especializado.
Álvaro Costa nasceu em 1959 e conta com um percurso de vida invejável, afirma por isso, em tom de brincadeira que “já devia estar reformado”. A sua carreira começou na rádio, em 1980, na RDP, mas não ficou por aí. Passou pela Rádio Comercial, Antena 1 e Rádio Nova deixando em cada estação programas memoráveis marcados pela sua boa disposição e conhecimentos musicais. Actualmente, é visto no ecrã no programa sobre futebol regional, Liga dos Últimos e Pontapé de Saída. Dá voz na rubrica “Bons Rapazes”, na Antena 3 e é também conhecido por ser um dos maiores responsáveis pela divulgação do Rock em Portugal.
Começou por falar sobre “integração e agregação, que é sexy e chique”. Explica que o “jornalista de hoje tem que ter capacidade de incluir todos os elementos necessários ao seu discurso” e ainda, “saber coexistir com os outros meios de comunicação”. Refere ainda que “vivemos num tempo de (in) media” onde há muitos comunicadores, pois vivemos num mundo onde qualquer um de nós tem acesso a todos os meios necessários para difundir uma noticia ou mensagem.
As redes sociais, como o Facebook, são um bom exemplo desta ideia e afirma que “os media são aquilo que queremos que sejam”. O que se passa nas redes sociais tem muito mais impacto do que se passa no Mundo Real, por isso o “jornalista deve-se render às novas tecnologias e estar atento ao mundo que nos rodeia” porque “hoje nada é real, duradouro”.
Salienta ainda que “está a alterar-se o nosso paradigma de comunicação” e que isso deve-se à explosão tecnológica. “As pessoas integram-se, têm Iphone, Ipad, acesso à Internet (…) e a noção de comunicador é diferente da noção que se tinha há poucos anos”. O comunicador de hoje tem que ter capacidade de devastar. A tecnologia facilita a informação, “se há uns anos não se sabia que um maluco invadiu o campo e corria atrás do árbitro, não havia um meio suficientemente rápido para captar este momento, hoje um telemóvel faz isso”, alerta o nosso convidado.
Álvaro afirma que “só devemos ter saudades do futuro” reforçando a ideia que o jornalista tem que ser multifacetado. “A rádio, a Tv e a imprensa não vão acabar, mas antes difundirem-se” e cabe ao jornalista ser capaz de estar à altura destas transforamações.
A rádio parece ser a paixão dos finalistas deste ano. A maioria pretende passar por esta experiência a que Álvaro Costa, surpreendido afirma que “A rádio é a nossa mãezinha”, uma vez que permite-nos comunicar sem estarmos agarrados ao teleponto.
Em jeito de conclusão, deixou aos alunos duas afirmações: “Reinventem-se para o futuro” e “A única certeza para vocês é a incerteza”.
Por: Joana Silva