Blog de Jornalismo Especializado, Universidade Lusófona Porto

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Jun 10

 

Álvaro Costa


Quem foi e quem é?

 

Um jovem com quase 51 anos de idade. Sim, Jovem! Na mentalidade, na madeira de ser e se exprimir, no à vontade, na ambição...

Nasceu em 1959. Em 1980 começou na rádio, mais propriamente na RDP, e nunca mais parou. Álvaro Costa tem um currículo invejável. Passou pela Rádio Comercial, Antena 1 e Rádio Nova, mostrando em todas elas a sua marca de boa-disposição e o seu imenso saber musical. Deixou a cidade invicta em 1979 para ir em busca de um sonho e trabalhou na BBC.

Álvaro já fez de tudo: radialista, apresentador de televisão, comunicador, comentador, jornalista.

Hoje é conhecido entre a pequenada pelo "Apresentador da Liga dos Últimos", que eles veneram, e por ter sido um dos responsáveis pela divulgação do rock em Portugal.

 

 

Álvaro

1. Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras e esta não é excepção, resume, de certa forma, quem é o Álvaro enquanto pessoa e profissional.

 

Se pretender saber mais deste "Homem dos sete ofícios" pode dar uma olhadela a esta entrevista a 9 de Agosto de 2007 à Jornalista Helena Teixeira da Silva onde revela ter o sonho de dobrar um filme infantil.

Diz também que "um dos meus segredos, se existe, é não pensar naquilo que as pessoas pensam de mim. Se fosse a pensar nisso já tinha ido para a um hospital psiquiátrico ou entrado num retiro budista".  Mas as "frases-chave" ou "sound bytes" como lhe chama, proferidas por Álvaro não se ficam por aqui, até porque muito embora ele afirme não se levar a sério, leva o que faz muito a sério. Saliento, por exemplo "não sou o avô cantigas do Rock and Roll". Ao longo deste texto apercebemo-nos o quão jovial é o nosso convidado, tanto que o próprio chega a afirmar "às vezes, parece que tenho 12 anos".

 

 

(Dis)sabores a encontrar num futuro próximo

 

Agora que já entendeu o quão ilustre foi o nosso convidado de ontem, certamente entende o porquê de ser o eleito para falar-nos do futuro da comunicação, das peripécias a encontrar neste caminho futuro que será o nosso.

 

Álvaro começa pelo contexto dos anos 60/70 a jeito de comparação com o tempo actual. "Não havia fax, nem telemóveis.", diz.  "Era um panorama desolador comparado com o que temos hoje". Na altura questionávamo-nos se haveria água quente para tomar banho, se a tv iria ou não funcionar, enfim "algo que hoje em dia é inimaginável. Agora estamos a assistir a um pacto, tudo tecnologia", refere.

 

"Estamos a entrar num universo fragmentado, em que todos nós somos média. Mesmo que não tenha curso, qualquer pessoa, com a ajuda das novas tecnologias,  pode sê-lo hoje", alerta o nosso convidado.

 

É sim verdade que vivemos numa sociedade de boato, à qual o nosso interlocutor apelida de "sociedade do vómito opinativo", onde deixou de haver uma perspectiva de diferença. E se não for por ela e pela credibilidade que nos demarcamos, então jamais seremos reconhecidos. Pois, "o segredo para o fracasso é querer agradar a todos".  Irreverência precisa-se. É certo que esta é uma perspectiva do que de mal nos trouxe    a tecnologia, mas de bom tem, por exemplo, a capacidade de derrubar antigas barreiras comunicativas e é a ela que devemos ser gratos por tudo aquilo que nos proporcionou.

 

Como futuros profissionais, alerta Álvaro, temos de perceber que estamos a entrar numa audiência. "Hoje é preciso saber domar a audiência, para ser-se bem sucedido nesta área. Mais do que participação, é preciso manter a audiência.

 

 

Questões levantadas

 

O Que liga a "Liga dos Últimos " à música?

- O conceito de sociologia Pop misturada com Quim Barreiros. Ali, é importante dizer que, "não nos rimos de, rimos com…”. Até porque, ao contrário daquilo que parece, nós somos anti-racistas. Queremos apenas "mostrar a realidade" tal como ela é. Não "pegamos nuns tipos todos bonitinhos" só porque vai aparecer na TV.  "Não fazemos mais se não, procurar buscar o humor do programa pela naturalidade dos entrevistados."

 

Poucos comunicadores são formatados, como podemos deixar de ser com a nossa profissão?

- "Não somos formatados através da tua alma".

 

E terminou-se assim a palestra, com outra frase-mestra, como não podia deixar de ser:  “Nós somos os pioneiros e deixamos-lhes o caminho aberto” e desbravado, agora cabe-nos a nós, futuros comunicadores, segui-lo da forma que melhor soubermos e conforme nos ensinaram.

 

 

Aqui, Neste Vídeo, pode encontrar ainda partes de uma palestra do ex-jornalista a propósito do jornalismo digital e das novas tecnologias, que está relacionado com o exposto na aula passada (15-06-2010).

 

Carla Coelho - n.º20086934

publicado por carlacoelho às 00:03

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