Blog de Jornalismo Especializado, Universidade Lusófona Porto

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Mai 11

State of Play é um filme de Kevin Macdonald, que relata a história da investigação sobre o assassinato sequencial de diversas personagens. Entre elas, destaca-se Sónia Baker, principal investigadora da equipa de Stephen Collins, um promissor político e possível candidato à campanha presidencial americana. Estes homicídios começam a ser investigados por Cal McAffrey, jornalista do Washington Globe e antigo colega de Collins do tempo da universidade, e Della Frye, jornalista no mesmo jornal. Ao tentar desvendar a identidade do assassino, os jornalistas acabam por se envolver nos meandros da política e descobrir os pormenores de uma história muito complexa e perigosa.

 

 

 

publicado por líciacunha às 22:20

 

 

 

"State of play" é um filme de 2009 realizado por Kevin Macdonald. O actor principal deste mesmo filme é Russell Crowe, no papel de um jornalista desastrado, de nome Cal McAffrey, Ben Affleck, no papel de Stephen Collins e a actriz Rachel McAdams no papel de Della Frye.

 

 O que aborda :

 

O filme, no seu todo, anda em redor de um repórter que investiga e prova o envolvimento de um político americano no assassinato da amante de Stephen e de como o jornalismo pode ser uma grande arma na investigação.

 

 

 Resumo

 

Russel Crowe, na pele de Cal McAffrey, tem como tarefa principal neste filme, investigar uma rede de conspiração, em vias de descoberta iminente, após dois homicídios no início do filme. Cal e Stephen, este último, um congressista, cuja assistente/amante foi brutalmente assassinada no metro, têm um passado muito agitado, marcado pela relação de amizade de ambos. Esta assistente assassinada, averiguava e pesquisava sobre uma empresa de segurança do sector privado, ligada às Forças armadas dos E.U.A. Cal começa, então, a investigar todas as pistas sobre este crime, juntamente com Della Frye (redactora do jornal Washington Globe). Juntamente com isto, Cal começa a recolher as pistas que o conduzem a um “sistema” de profissionais e assassinos que pode envolver o meio políticos dos E.U.A. Contudo, quando o jornalista Cal se aproxima do desfecho do mistério do crime, pensa se deve ou não publicar a história, pois esta poderá ter vários riscos inerentes.

 

 

 Crítica e respectiva opinião:

 

Este filme é um filme relativamente contemporâneo que retrata questões que sempre foram suscitadas na política, quer no jornalismo, mais concretamente.

Cal McAffrey (Russel Crowe) é um jornalista que trabalha na área do jornalismo de investigação, o qual se prende geralmente a investigações no seio da corrupção, envolvimento dos políticos em escândalos, fraudes, todavia neste caso do filme, é única e exclusivamente motivado para a investigação de mortes. Neste sentido, toda a investigação conduzida por Cal e Della, é feita com o objectivo de desvendar um esquema corporativo, que envolve um político americano, que é um forte suspeito no homicídio da sua amante.

  • Pontos positivos:

Em primeiro lugar, é um filme com a vertente “Don’t trust nobody” sempre presente, o que considero bastante chamativo num thriller, seja de que tipo for. Russel Crowe e Ben Affleck surpreenderam-me pelos seus formidáveis desempenhos, que já vem sendo um habitue, nos filmes em que participam. O principal ponto positivo deste filme é a distinção entre bloggers e jornalistas. Russel Crowe representa realmente um jornalista sério, profissional, competente, com amor à camisola que faz uma quantidade infinita de pesquisas, conversa com várias fontes, ao contrário de Rachel McAdams (blogger), que se limita a postar algo num blog e a opinar à volta desse mesmo tema. Outra coisa que me suscitou grande interesse neste filme foi a velocidade com que o mistério do filme foi revelado. Não que seja um ritmo veloz, mas a história é contada de tal forma que cada revelação é perfeitamente enquadrada num “timing”, envolvendo o público constantemente na história, convidando-o a reflectir sobre as pertinentes temáticas, o que também impede, de certa forma, que o público se perca, graças à fantástica realização. Russel Crowe, através da sua fantástica personagem com carisma e devoção forte, consegue esconder-nos o seu passado, o que leva ainda a mais e mais especulações constantes durante o filme. É igualmente incrível como meros jornalistas do Washington Global foram capazes de investigar tão bem ou melhor que outras entidades que geralmente lidam com casos destes, geralmente apelidados de “polícia”. O desempenho “old-school” do Russel Crowe, enquanto jornalista é fantástico, o que se pode constatar através das ferramentas que utiliza. Considero também o trabalho de recriação da redacção e da tensão que existe dentro dos jornais ( impressão e web ) muito aproximados da realidade, o que para nós, futuros jornalistas, é alarmante e não menos importante para entender. A cena final que mostra o jornal a ser impresso é realmente comovente.

 

 

  • Pontos negativos:

A principal desilusão é, na verdade, que este filme, como um thriller político, sinto-o um pouco estereotipado e embora seja muito bem feito, sinto que já vi mais do mesmo. Existem clichés e artifícios em abundância que chegam a tornar-se repetitivos e que só algumas vezes conseguem ser quebrados com momentos puros de entretenimento. Não sou fã do “The End” deste filme, pois este deixou muitas lacunas por preencher. O péssimo “papel” do esquema/”sociedade” que usa o seu poder para obter e fazer tudo o que quer para ter a certeza que mantem todo o seu dinheiro e poder, incluindo cometer assassínios.

 

 

  • Ideia geral:

Em geral, penso que o filme “State of Play” é um filme que roça o realidade quase na perfeição e que mantém o público empenhado e atento durante quase todo o filme. A história é um pouco estereotipada e baseada noutros acontecimentos reais e filmes anteriores, mas o filme revelou-se forte o suficiente para superar essas deficiências, se assim as posso apelidar. O realizador acaba por ser um dos grandes responsáveis pelo sucesso deste mesmo filme, tendo já ganho óscares em filmes anteriores, inclusive no “Último Rei da Escócia”.

 

 

 

 

 

 

Por : J. Miguel

 

publicado por miguelgarcia88 às 19:53

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