Blog de Jornalismo Especializado, Universidade Lusófona Porto

17
Mai 11

State of Play”, um filme realizado por Kevin McDonald conta com a participação de: Russell Crowe, Ben Affleck, Harry Lennix e Rachel McAdams.O filme retrata não só conspirações político-militares mostrando também vários aspectos da actividade jornalística, dando a conhecer uma investigação jornalística aprofundada.

 

 

Argumentação

 

Tudo começa com duas mortes, que aparentemente nada tem em comum, mas que para o jornalista Cal McAffrey, estas estão relacionadas. Um verdadeiro caso para a polícia, um verdadeiro desafio para o jornalista que quer contar a sua história.

  Cal McAffrey, vai ate ao lugar onde ocorreu o crime, para averiguar o acontecimento, encontrando-se também presente o detective Donald Bell responsável pelo caso, acabando por fornecer algum conteúdo ao jornalista sobre o ocorrido, nesta plano podemos perceber a cumplicidade entre as duas partes.  

A historia ganha os primeiros contronos quando é comunicado ao congressista republicano Stephen Collin scujos a morte da sua colega e amante, Sónia Baker .Chocado pela noticia o congressista chora pela morte da amante diante da imprensa,levantando  a especulação de um possivel romance  entre Sónia e Collins. Sendo publicado pela imprensa que Sónia suicidou-se porque estava a ser pressionada por parte do companheiro.     

Inconformado Collins procura McAffrey, que chega a conclusão que este esta a ser alvo de uma conspiração, pela  empresa para a qual trabalha.

Para conseguir mudar, o rumo da história e repor a verdade, o jornalista corre em busca dos factos, levando adiante uma investigação, contando com uma ambiciosa jornalista Della Frye, juntos conseguem ultrapassar as dificuldades impostas pela busca dos factos verídicos, mas são os dois jornalistas que desmitificam os crimes.

 

 

  

Um filme que nos leva a pensar na importância do jornalismo de investigação e na ética profissional que este requer.

 

  

Pondo de lado a presunção da importância do repórter, o filme põe-nos na pista da notícia, onde dois tiros certeiros começam por narrar uma história. Uma história que toma outras proporções e permite outras descobertas. Um jogo de corrupção. Sangue. Intrigas. E a verdade escrita por um repórter

 Este é um filme que muito se assemelha ao caso de Watergate, onde os casos de corrupção política, tornam se numa história a ser desvendada. O filme da grande destaque ao jornalismo de investigação. O jornalismo de investigação tem por obrigação contar uma história verdadeira, que incide sobre um acontecimento, para tal o jornalista parte para o trabalho de campo, correndo atrás de factos, cruzando-os, montando-os para então conseguir construir a sua história e faze-la chegar ao leitor que tem necessidade de saber sempre mais.

O jornalista de investigação, não é somente um contador de histórias, assume também o papel de agente de informação. Uma vez que para a construção da narrativa que assente nos factos verídicos e concretos, o jornalista tem que elaborar uma investigação e possuir uma base de dados. As fontes e os conhecimentos são fundamentais para o profissional.

Este filme é um bom exemplo da prática do jornalismo de investigação, hoje não muito explorado, por diversos motivos

 No "State of play" encontram-se alguns dos motivos pelo qual este genero jornalistico é muitas vezes deixado de lado: o decréscimo elevado na circulação das publicações tradicionais, que leva a uma crise do sector editorial,  e a evolução que se faz sentir no web jornalismo. É um jornalismo de excelência ainda muito pouco praticado em Portugal porque requer um elevado investimento financeiro e muito tempo. Algo que os Órgãos de Comunicação Social portugueses ainda não estão preparados para oferecer.

 

Por: Marta Soares

publicado por martasoares às 11:50

 

O filme State of play remete-nos para áreas e tipos do jornalismo especializado como o crime, a política, o ciberjornalismo, e mostra-nos todo o percurso de uma investigação jornalística. Cal McAffrey, um experiente jornalista da imprensa, vê-se envolvido numa constrangedora situação: surge um caso relacionado com um escândalo cujo protagonista é Stephen Collins, deputado e amigo de longa data do jornalista. Inicialmente, Cal manteve-se distante o quanto pode. Mas ao descobrir uma série de interligações relacionadas com o caso, interessa-se por este e passa a trabalhar na sua investigação. O jornalista, para além de se sujeitar a vários riscos, enfrenta um verdadeiro dilema, pois sente-se dividido entre a missão jornalística - a necessidade de apurar a verdade dos factos – e a relação de amizade que nutre por Stephen – que o leva a tentar protegê-lo.

 

“Teria de ler um par de blogues antes de formar uma opinião”

 

No filme, Cal é um profissional que trabalha há 16 anos no jornal Washington Globe. Della Frye é uma jornalista digital que trabalha para a versão online deste. Cal, um profissional conservador, não vê com bons olhos o jornalismo digital, acha-o demasiado insensato, pouco fundamentado e por isso implica com o trabalho de Della, subestimando-a. O jornalista revela algum receio, 'mascarado' de desdém, face às novas tecnologias. A partir do momento em que passam a trabalhar em equipa apercebe-se que a repórter tem potencial e que cumpre as competências jornalísticas. É visível no filme a clara distinção entre versão online e a impressa, a nível de conteúdos, procedimentos.

 

“Isto não é uma história, é um caso”

 

 Cal parte do caso do assassinato de 2 homens, aparentemente desconhecidos, sem qualquer relação com outro tipo de causas, o que lança a dúvida no ar. Mal começa a investigar apercebe-se de uma grave ligação entre este e o caso em que o seu amigo Stephen está envolvido. O jornalista vai seguindo as pistas e passa a ter a visão de todo um contexto possível, pensa em várias hipóteses, considerando tudo o que lhe parece fazer algum sentido. Nem sempre utiliza os meios mais usuais, recorre a formas extra-oficiais para obter a informação que precisa, no entanto não deixa de ter em conta a responsabilidade jornalística. O seu trabalho passa por averiguar essas conexões, verificar a sua origem, procurar fontes e confronta-las entre si, consultar ficheiros relevantes, enquadrar o caso (enquadramento legal), procurar evidências, confirmar os factos. Nestes procedimentos, e tendo em conta que o caso envolvia questões policiais e políticas, o jornalista muniu-se do máximo de precauções. Questões levantam novas questões, num ciclo vicioso que o transporta para diferentes cenários: ora está a investigar no terreno, ora está a negociar informação com a fonte, ora está descobrir novas interligações. Para além disto, há toda uma pressão relacionada com prazos a cumprir, os lucros do jornal. O jornalista tem que lidar com tudo isso, mantendo o máximo de isenção, sem por em risco o interesse da investigação.

 

“Tenho de ser ambos”

 

Ao longo do filme há uma questão pertinente, relacionada com conflito do interesse profissional e pessoal. Cal tenta proteger Stephen, mas a um certo ponto a investigação toma outro rumo, e passa a usá-lo como mais uma fonte. A sua relação pessoal coloca-o em circunstâncias muito especiais, com acesso privilegiado a uma série de informações cruciais, mas que o levam a questionar qual o interesse que se sobrepõe: fazer uma boa notícia que faria disparar as vendas do jornal ou ajudar e salvaguardar o amigo do interesse dos media em explorar o caso? O jornalista vive este paradoxo mas no final vence a verdade, e Cal cumpre o seu dever profissional, que neste caso foi entregar o amigo à polícia, pois descobre que Stephen é culpado do crime.

 

O acto do jornalista leva-nos a reflectir sobre o propósito da investigação jornalística – a denúncia de situações escondidas ou deliberadamente omitidas – e o papel do jornalismo como cão de guarda da sociedade.

 

 

Por: Ana Azevedo

 

 

 

publicado por anaclaudiaazevedo às 11:45

 

Este filme é influenciado pelo cinema da década de 1970

Este filme é um filme relativamente contemporâneo que retrata questões que sempre foram suscitadas na política, quer no jornalismo, mais concretamente.

Cal McAffrey (Russel Crowe) é um jornalista que trabalha na área do jornalismo de investigação, o qual se prende geralmente a investigações no seio da corrupção, envolvimento dos políticos em escândalos, fraudes, todavia neste caso do filme, é única e exclusivamente motivado para a investigação de mortes. Neste sentido, toda a investigação conduzida por Cal e Della, é feita com o objectivo de desvendar um esquema corporativo, que envolve um político americano, que é um forte suspeito no homicídio da sua amante.

De início, o personagem do Russell Crowe, mostrou-se contrário ao avanço que é de um jornalista blogueiro. Puro Preconceito. Por conta da velocidade da informação no ar, achava que não havia uma longa investigação na apuração do fato. Mas a personagem da Raquel McAdams mostrou a ele que fazia sim. Que não fazia uma investigação de campo como ele, mas do seu jeito, ia atrás dos dados. E mostrou-se aberta aos seus métodos. Com sustos em situações de perigo, ela foi aprendendo ao longo do caminho.

Todos os personagens, com longas ou curtas aparições, estão muito bem. Destacando a Chefe da Redação, personagem da Helen Mirren, que lhe caiu bem. Num belo conjunto de beleza elegante e de inteligência impessoal. Alguém que será pressionada a parar as prensas…

Russel Crowe está impecável e como sempre atuando divinamente no papel Cal McCaffrey, um jornalista que trabalha em um jornal e que tem como editora-chefe, Cameron Lynne (Helen Mirren). Uma jovem jornalista é aceita para trabalhar com Cal, no entanto, acaba sendo convencida a conter a sua empolgação e retém as informações até onde é necessário.
Outro acerto do filme é mostrar o enfrentamento dos repórteres com a editora-chefe Cameron Lynne (Helen Mirren). O Washington Globe foi comprado a pouco tempo por empresários ambiciosos que desejam apenas vender jornais, e, para isso, tudo valeria, até mesmo romper o código de ética jornalístico. Uma série de assassinatos misteriosos que podem estar relacionados com uma importante corporação americana e que tem ligação direta com um promissor congressista do país. É a partir desta trama criminal que “Intrigas de Estado” ousa e acaba refletindo sobre jornalismo. Envolvente e inteligente, o jornalismo neste filme baseia-se em duas partes importantes, uma delas no terreno em busca de provas, estando presente no local dos crimes, outra parte fazendo pesquisas nas redes sociais, e estando sempre ao corrente de todas as informações.
Privado, ligada às Forças armadas dos E.U.A. Cal começa, então, a investigar todas as pistas sobre este crime, juntamente com Della Frye (redactora do jornal Washington Globe). Juntamente com isto, Cal começa a recolher as pistas que o conduzem a um “sistema” de profissionais e assassinos que pode envolver o meio políticos dos E.U.A. Contudo, quando o jornalista Cal se aproxima do desfecho do mistério do crime, pensa se deve ou não publicar a história, pois esta poderá ter vários riscos inerentes.

 

 Por: isabel fortes

 

 

publicado por isabelfortes às 11:41

State of Play – A História

Realizado por Kevin McDonald e protagonizado por estrelas do c­­inema como Russel Crowe, Bem Affleck e Rachel Adams, State of Play é um filme sobre jornalismo. Sobre a dimensão que pode adquirir a notícia de um suicídio que despoleta uma investigação jornalística onde deputados, interesses monetários e políticos, espionagem e mortes se relacionam.

 Stephen Collin, deputado no Departamento de Defesa de Washington, vê a sua investigadora principal envolvida num suicídio/homicídio numa linha do metro. Naturalmente, e numa sociedade ávida de notícias, ainda que especuladas, não tardou a que os órgãos de comunicação social associassem a morte a questões amorosas com o deputado.

O Jornal Washington Globe tomou a dianteira do caso e juntou os jornalistas Call McAfrrey (amigo do deputado Collins) e Della Frye. Ambos iniciaram uma investigação que revelou um mundo oculto de interesses e mentiras. Sendo que viriam a descobrir que tudo não passou de estratégias e ambição.

Call MacAffrey, jornalista do jornal impresso, vive uma relação conflituosa consigo próprio. Apaixonado pela mulher do amigo, vê neste caso uma maneira de se redimir, ao ajudar o deputado a livrar-se de acusações.

Della Frye é uma jovem no domínio do ‘’novo jornalismo’’ ou ciberjornalismo. Redige uma coluna na página Web do Globe. É perceptível ao longo da investigação que é ainda um pouco inexperiente mas muito perspicaz.   

Stephen e Anne Collins, o casal, envolvido no caso aproveita a amizade com o jornalista do Globe para se mover dentro da investigação e usar a informação a seu proveito.      

Cameron Lunne é a editora do Washington Globe. É a sua personagem que lembra o aspecto economicista do jornalismo. Sempre preocupada com os prazos, produção e quantidade de informação, Cameron chega a afirmar que ‘’a notícia verdadeira é a falência do jornal’’.     

­

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         

State of Play – Visão Crítica

Realidade

Um filme que (tenta) retratar a realidade do mundo do jornalismo de investigação. State of Play é, na minha opinião, um retrato pouco fidedigno da verdade na medida em que o acontecimento decorrem de forma fluida. Fora da ‘’caixinha mágica’’ é diferente. São inúmeras as dificuldades com que lida o jornalista. É, por norma um trabalho exigente, demorado. As fontes não tendem a ser de tão fácil alcance, por vezes sendo preciso dias até conseguir entrar em contacto.

Tendo em conta que um dos elementos é amigo do jornalista McAffrey devia haver por parte dele um afastamento imediato do caso. O que não acontece e acaba por ser ele quem descruza as ‘’ligações perigosas’’ da história. É movido essencialmente pela vontade de ajudar o deputado, deixando para segundo plano a isenção, a imparcialidade e objectividade, elementos chave na prática do jornalismo. O comportamento do jornalista muda perto do fim quando há uma reviravolta na história e a verdade sobrepõe-se à amizade.

O filme segue os parametros de uma investigação - procura factos desconhecidos, ocultos do grande público que podem mudar o rumo dos acontecimentos e até a vida dos intervenientes - ''eu vou ser lembrado por isto'' referiu Stephen Collins sobre o poder da comunicação social.

 

 

Fontes

Neste filme, as fontes oficiais e oficiosas são não identificadas e of the record. Durante a investigação, McAffrey, jornalista arrojado, com a ajuda da parceira Della Frye chegam a simular um rapto a uma das fontes de forma a conseguir informação de extrema importância. Stephen e Anne Collins, principais lesados na história, são também fontes não identificadas. Sendo que se trata de assuntos governamentais o sigilo e a não identificação são estratégias necessárias por questões de segurança para os intervenientes que só desta forma revelam o que sabem.

 

Conceitos

São três os conceitos referidos no filme: jornalismo de investigação, jornalismo impresso e jornalismo online. A trabalhar no impresso acerca de quinze anos, Call McAffrey vê com alguma relutância o online. Considera os bloggers ‘’sanguessugas ‘’ e o conteúdo ‘’vomitado’’. Revelando o seu espírito um pouco antiquado em relação às novas tecnologias.

 

Por: Catarina Marinheiro

publicado por Catarina às 11:09

State of play é um filme de 2009 realizado por Kevin Macdonald. O actor principal deste filme é Russell Crowe (Cal McAffrey) um jornalista de investigação. Ben Affleck, no papel de Stephen Collins e a actriz Rachel McAdams no papel de Della Frye são também personagens de grande relevância.

 

Resumo do Filme:

A história do filme começa por mostrar um homicídio que afecta um jovem drogado e um inocente que apenas distribuía pizas que consegue escapar à morte, tendo no entanto, sofrido graves danos físicos que o colocam em coma.

Depois deste incidente, Cal Mcaffrrey (Russell Crowe), um famoso jornalista de investigação, recolhe algumas informações no local do crime junto do detective Donald Bell (Henry Lennix).

Paralelamente somos transportados até ao Capitólio onde Stephen Collins (Bem Affleck), membro activo de uma comissão de investigação do congresso aos negócios e actividades de uma empresa de segurança privada que é responsável por alguns trabalhos de segurança nos vários cenários de guerra, é informado pelos seus assistentes políticos sobre a trágica morte da sua assistente de investigação e amante, Sonia Baker (Maria Thayer).

Cal McAffrey e Della Frye (Rachel McAdams), uma ambiciosa jornalista política, vão juntando todos os factos e provas até obterem alguns indícios que ligam o homicídio do jovem drogado ao aparente suicídio de Sónia, ligação essa que poderá estar relacionada com uma grande conspiração política que liga o Governo e o Exercito à PointCorp, a empresa de segurança privada.

 

Critica:

State of Play retrata a actividade dos jornalistas de investigação.

As dificuldades que encontram pelo caminho, a questão das fontes de informação, da ética dos jornalistas, o embate entre o jornalismo “tradicional” (jornais em papel) e o novo media (representado pelo Blog Capitol Hill) e a questão da objectividade são alguns dos pontos abordados neste filme.

O jornalismo de investigação narra uma história verdadeira. Desvenda mistérios e factos ocultos do conhecimento público, especialmente crimes e casos de corrupção, que podem eventualmente virar notícia. É uma actividade com características específicas que se diferencia do jornalismo comum pelos seguintes aspectos:

  • Investigação minuciosa dos factos que requer muito tempo
  • Disponibilidade de recursos específicos: tempo, dinheiro, talento e sorte
  • Precisão das informações (o jornalismo de investigação é conhecido também como Jornalismo de Precisão)

 

O filme aborda a questão da disponibilidade dos recursos quando, num momento, a directora do jornal diz a Cal Mcaffrey que, mesmo que experiente, “ele é muito caro e demora muito tempo”, e Della, embora inexperiente, é “ambiciosa, barata e reproduz artigos a toda a hora”. É possível também perceber como os meios económicos se apoderaram dos órgãos de comunicação. Estes lidam com as notícias como mercadorias onde o principal objectivo é vender mais que os outros mesmo que para isso não se cumpram todas as fases da construção da mesma, como o contraditório, por exemplo.

Cal Mcaffrey, representa o “antes” por não dominar as novas tecnologias, e Della representa o jornalismo de agora onde a palavra “rapidez” parece ser a palavra-chave. É um contraste interessante, pois o envolvimento destas duas personagens acaba por ser uma aprendizagem: Cal acaba por ensinar a Della que, no jornalismo de investigação, ela tem que ter todas as confirmações e não fazer aquilo que ele designou como “Vomitares on-line”. Apesar da visão negativa dos on-line que nos é dada através da personagem principal, o objectivo é mostrar como os dois meios podem coexistir.

A questão das fontes de informação acompanham o filme do inicio ao fim. As fontes e os conhecimentos fornecem uma base sólida como ponto de partida para a narrativa e como rampa de lançamento para outras testemunhas importantes na história. A construção da narrativa vai desde do detective Bell à rapariga da rua (no filme), isto é, da fonte de informação oficial à fonte de informação oficiosa. Tudo é relevante mas é necessário conseguir manter distância. Tudo tem que ser confirmado ao pormenor, dando sempre maior credibilidade às fontes oficiais. Cal, o jornalista, consegue ainda, muitas informações através de Fontes Anónimas. Ele protege as suas fontes pedindo que elas contem aquilo que sabem “sem nomes”. Atribui-lhes a importância necessária – são importantes, necessárias à procura da verdade.

O jornalista não consegue ser totalmente objectivo. Cada pessoa tem as suas crenças, não vive isolado e sofre influências. A questão da objectividade é levantada neste filme com as personagens Cal e Stephen Collins. Qualquer jornalista deve tentar distanciar-se, embora que difícil, para não beneficiar um amigo. A regra é ser o mais objectivo que possível.

Este filme deixa-nos a todos, pelo menos quem gosta da área, com vontade de sermos jornalistas.

 

 


 

Por: Joana Silva

publicado por joanassilva78 às 10:34

O mundo jornalístico pode se tornar um bicho-de-sete-cabeças quando não se consegue juntar todos os factos, é um quebra cabeças que requer atenção, concentração, coragem  e tempo. O filme “State of Play” realizado por Kevin McDonald, baseado numa série política da BBC conta com um grande elenco que dá vida à ficção - Russell Crowe, Ben Affleck, Rachel McAdams, Helen Mirren. Este filme aborda um misto de questões, reviravoltas e conspirações político-militares. No desenrolar do caso criamos uma certa ligação que faz com que não nos desprendamos do ecrã.

 

 

 

 

Argumento

O filme começa com os misteriosos assassinatos de dois homens e uma mulher, um drogado que é perseguido e morto num beco, um jovem entregador de pizza, (este consegue sobreviver a dois tiros que o coloca em estado de coma profunda mas acaba por ser assassinado no hospital, teve uma morte inocente por ver o rosto do assassino) e por fim a morte de uma investigadora do departamento de defesa na estação do metro. No dia seguinte já no local do crime, o detective Donald Bell responsável pelo caso, fornece algumas informações sobre o caso ao jornalista de investigação Cal McAffrey. Sem citar nomes “sem nomes, nem citações”realça o jornalista, nesta cena podemos ver que há uma certa cumplicidade entre o jornalista e o detective, ambos sabem que estão ali para fazer o seu trabalho. De seguida somos levados ao gabinete do congressista republicano Stephen Collins (Ben Affleck) cujos assistentes comunicam a morte da sua colega e amante, Sónia Baker (Maria Thayer). Não conformado com a notícia chora pela morte da amante diante da imprensa numa audiência, dando largas imaginações a comunicação social que afirmam em varias publicações que Sónia e Collins eram amantes. Acrescentam ainda que a companheira suicidou-se porque estava a ser pressionada por parte do companheiro.    

Collins transtornado procura o seu amigo dos tempos da Universidade para desabafar, McAffrey que conclui que Collins esta a ser alvo de uma conspiração vindo da empresa em que trabalha. Para mudar toda aquela controversia em torno da morte da Sónia o jornalista decidiu construir uma notícia alternativa e plausível, apurando os factos, contactar as fontes, falar com elas pessoalmente, mesmos levando muitas portas na cara McAffrey e Della Frye (Rachel McAdams) uma ambiciosa jornalista que tem a responsabilidade de publicara na pagina Web do jornal “Globe”os casos privados dos políticos, não desistiram do caso ou artigo, enquanto outros jornais publicavam notícias com base em opiniões e interpretação, foram juntado todas as provas e factos que os levou a desmistificar todos os crimes envolvidos. 

 

 

Apreciação

Este filme mostra-nos como de facto um jornalista pode ajudar um detective a desvendar um crime. Houve de certa forma uma investigação jornalística muito aprofundada por parte do jornalista McAffrey, uma vez que se tratava do seu amigo político envolvido num escândalo leva as questões mais afundo e pessoais. Porém, por um lado o jornalista estava preocupado em dar uma notícia credível que não restassem dúvidas, por outro lado a implacável editora Cameron (Helen Mirren) queria apenas acompanhar o ritmo dos outros jornais para facturar, “o que interessam são as vendas e não a descrição” segundo a editora.

Em relação as fontes são quase todas não identificadas, desde a amiga do rapaz drogado que por ventura também é assassinada por desvendar algumas informações que tinha em sua posse. McAffre e a jornalista Della fazem um interrogatório a uma das fontes com base em jantagens.  

O filme é um grande exemplo da prática do jornalismo de investigação, actualmente pouco explorado em Portugal "Quase nada do que é feito em Portugal cabe no jornalismo de investigação porque se baseia em fontes não identificadas e não garante que as coisas tenham uma verdade. O que sai do jornalismo de investigação tem de ser uma verdade que resiste ao tempo",Óscar Mascarenhas

 

As personagens:

 

Russell Crowe  (Cal McCaffrey)

Ben Affleck  (Stephen Collins)

Rachel McAdams (  Della Frye)

Jason Bateman  (Dominic Foy)

Robin Wright Penn (Anne Collins)

 

 

Helen Mirren ( Cameron Lynne)

Jeff Daniels ( George Fergus)

Maria Thayer (Sonia Baker)

Wendy Makkena (Greer Thornton)

Harry J. Lennix  (Donald Bell)

 

 

 

Por: Zanaida Augusto

publicado por zanaidaaugusto às 10:33

  O filme retrata um enorme processo de investigação jornalística sobre questões políticas na América. É muito parecido com o caso Watergate, o maior caso de investigação jornalística nos Estados Unidos.

  Tal como em Watergate, no filme Ligações Perigosas, um homem e uma mulher vão investigar um caso de corrupção política que põe em causa a imagem de um promissor congressista americano, Stephen Collins.

  A morte de uma jovem, Sonia Baker, numa estação de metro vai iniciar uma profunda investigação por parte de Cal McCaffrey e Della, jornalistas do Washington Globe, à carreira política do congressista e a uma empresa de segurança, a Point Corp que tinha a seu cargo mais 14 empresas.

  Rondas telefónicas, o furo jornalístico e a questão das fontes estão bem presentes neste filme.

  Cal põe de lado a amizade com Stephen e utiliza a mulher deste e uma fonte que não quis ser identificada (um membro disssidente da empresa Point Corp), para o ajudar a desvendar este caso. As mortes que vão acontecendo no filme serviam para encobrir o raio de ação da empresa de segurança.

  Sonia Baker, amante do congressista e sua colaboradora no partido, foi utilizada pela Point Corp para recolher informações do congresso de Stephen. Quando esta deixa de dar informações é assassinada a mando de membros da empresa.

  O filme revela a corrupção dentro do próprio partido, o desmascarar da Point Corp e a detenção pelas autoridades policiais do congressista Stephen Collins por ficar-se a saber que estava a aceitar subornos.

  Foi dado a conhecer aos americanos pela mão destes jornalistas que investigaram o caso, com a publicação da reportagem no jornal  todo este escândalo de corrupção na política e os milhares de dólares nele envolvidos.

  Em minha opinião, a investigação jornalística é algo importante pois dá a conhecer ás pessoas dados que tentam ser encobertos sobre determinado tema de uma sociedade. Com os custos que envolve e a constante luta por obter as notícias em primeiro lugar por parte dos jornais, esta prática jornalística não é muito utilizada.

 Ilídio Guerreiro

publicado por filipe89 às 06:25

 

 

 

Muito mais que as vicissitudes e conspirações político-militares encobertas nas sociedades, este filme, é um retrato exclusivo do jornalismo de investigação.

A partir de um jornalista de excelência que se vê numa vasta teia de informação enigmática e anónima, de reviravoltas inesperadas onde a perspicácia, inteligência, integridade, coragem e perseverança sobressaem.

                Toda a história começa por um homicídio de um jovem alegadamente drogado. O jornalista Cal McAffrey vai cobrir este crime. Primitivamente, é um caso como dezenas de outros que se enquadram numa simples notícia de jornal, que sobrevive um ou dois dias. Para além de um jovem, foi morto um outro funcionário de uma pizzaria perto do local da morte do homicídio anterior. No dia seguinte, um possível suicídio de Sonia Baker.

                Inicialmente as mortes da noite para o dia parecem estar desconectadas até um antigo jornalista, Cal McAffrey, entrar em cena e descobrir, juntamente com Della Frye, uma inexperiente jornalista, as ligações perigosas destas mortes.

               

 

 

publicado por crnbarros às 02:48

Sinopse:

 

 

Cal Mc Caffrey (Russell Crowe) é um jornalista de investigação de Washington Globe, que tenta desvendar um assassinato onde estão implicados alguns dos maiores políticos e empresários dos EUA.

Stephen Collins (Ben Affleck), é um carismático e promissor político, que é visto como o futuro do partido. Todos os olhos estão sobre a estrela em ascensão, para ser candidato do seu partido, na próxima corrida presencial, até que a sua assistente e amante é brutalmente assassinada e todos os segredos, até então enterrados, começam a ser revelados.

Mc Caffrey, um velho amigo de Collins, foi destacado pela diretora do jornal, Cameron (Helen Mirren) para investigar o caso. Com ele, a sua colega Della (Rachel Mc Adams), tentam desvendar a identidade do assassino, numa operação de encobrimento que ameaça abalar as estruturas de poder da nação.

Numa cidade de “spin-doctors e políticos ricos”, ele descobrirá a verdade, mesmo estando milhões em jogo.

 

 

 

Breves Comentários:

 

State of Play, é uma história elaborada, com tendências para uma grande reportagem. Apresenta com maturidade, em como um tipo de jornalismo, tem um impacto substancial na política e no discurso público.  Apresenta-nos que é possível, quando um grupo de jornalistas colabora, com vastos recursos, para investigar uma história que pode ter implicações para todos os americanos.

 

Leva-nos a refletir para um dos problemas do jornalismo impresso, que cada vez mais, tem tendências para o seu desaparecimento. Para muitos, podem regozijar-se com a noção de um futuro inteiramente digital para o jornalismo, onde a informação é acessível, os factos são acompanhados frequentemente e de fácil utilização (jornalismo cidadão). Esta tensão na indústria do jornalismo, trouxe para o cinema o filme State of Play, inspirado numa série da BBC, que durante o seu desenvolvimento, funciona como um puzzle, em que à medida que as peças se vão unindo, o público começa a interessar-se pela história.

 

A preocupação do realizador em garantir a fluidez da narrativa, essenciais no jornalismo, põe à tona alguns elementos, tais como, a ética (o jornalista é amigo do político envolvido) e o futuro do jornal impresso (manchetes convidativas para vender versus a informação gratuita online). Além da conjuntura ética, existe um romantismo que envolve a profissão jornalística do início ao fim. Há uma trama política, mas na minha opinião, a intenção é a de reaver a figura do bom e velho repórter, que é capaz de se arriscar, por uma boa matéria.

 

Agindo como se fosse um detetive, chegando ao limite da linha ética da profissão, já que a matéria inclui um escândalo que envolve um amigo. Mc Caffrey é o exemplo perfeito do jornalismo de investigação, vertente que no quotidiano atual é pouco trabalhado, por inúmeros motivos. Dois deles são evidenciados no filme; a crise do setor editorial, com a redução drástica na circulação de publicações tradicionais, e o avanço do jornalismo online.

 

Creio que este filme é de interesse público, porque a história desperta-nos à curiosidade e interesse para descobrir realmente o que aconteceu. A sociedade tem necessidade de saber, e o jornalismo de investigação tem essa função, dedicando-se a desvendar situações complexas, geralmente ocultas, que implicam um maior esforço do jornalista.

Neste filme há questões jornalísticas que podem ser levantadas, tais como a ética, que nos reporta a pensar e a agir em torno da liberdade, verdade e interesse público. Quem diz a verdade? Quem quer a verdade? Quem distorce os factos? Dúvidas complexas que surgem durante o desempenho da profissão de jornalista.

 

O jornalista atua como se fosse uma balança de equilíbrio de verdades, nesse espaço público, chamado comunicação. A informação jornalística tem um papel harmonizador dessa esfera pública, onde as pessoas e ideias circulam com liberdade.

 

Para terminar, uma boa parte do filme põem em causa a questão de liberdade e da razão, sendo a última, a condição que torna o homem consciente da sua individualidade e do seu convívio coletivo. Porém, nota-se que por parte de alguns jornalistas do filme, a liberdade que permaneceu foi a liberdade de escolha, ou seja, a busca intensa do desejo de saber, escrever, de ser o melhor.

 

Este filme, pode ser evocado como um dos grandes filmes do Jornalismo, sendo inevitável a ligação jornalística ao filme All the Presidents Men.

 

Por Anabela Pestana



O texto está escrito segundo as normas do Acordo Ortográfico

publicado por anabelapestana às 01:02

Maio 2011
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9
10
13
14

15
18
19
20
21

25
28

29
30
31


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

subscrever feeds
pesquisar
 
blogs SAPO