Blog de Jornalismo Especializado, Universidade Lusófona Porto

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Mai 11

 

A moda passou a ganhar o seu espaço dentro de cada indivíduo. Por vezes por exigência da sociedade, ou por gosto pessoal, mas o certo é que ninguém lhe fica indiferente.

Actualmente o conceito “moda” esta muito mais liberalizado, uma vez que tudo é permitido desde, decotes, transparências, rachas, peles, roupas com ar de desgastadas, são peças com estas características que qualquer pessoa usa no seu dia de forma mais formal ou informal.

 

Se hoje em dia se utiliza tudo aquilo que a moda coloca à disposição dos seus consumidores, a verdade é que as coisas não foram sempre assim tão simples.

Pois em outros tempos a imaginação e criatividade, tinham limites rigorosos, assim como mostrar as pernas, usar um decote mais ousado eram vistas com mãos olhos, pela sociedade.

Mas da imagem de mulher sempre tapada, que não deixava evidenciar traços do corpo feminino, com roupas desconfortáveis, esta vai passar a libertar-se das amarras dos corpetes e espartilhos para dar lugar ao conforto de roupas cómodas e ajustadas às medidas do seu corpo.

 

Quando finalmente as mulheres se soltaram dos trajes que durante tantos anos as sufocaram, e conseguiram adoptar uma postura descontraída tendo em conta o trabalho fabril que passaram a desempenhar, retorna-se novamente à velha ideologia de tapar as pernas. E, durante muito tempo, as mulheres viveram nesta insatisfação do seu vestuário, em função da desigualdade existente entre os sexos.

Após a luta por direitos femininos, ainda muito escassos na altura, e posteriormente à II Guerra Mundial, é que chegam as calças concebidas para mulheres. Das calças ao biquíni foi apenas um passo, mas apenas algumas mulheres tinham permissão para usar o tradicional biquíni, nomeadamente as actrizes e personalidades. As restantes mulheres, cidadãs anónimas, eram punidas moralmente se vestissem as duas peças que componham, o biquíni.

 

Posteriormente aos corpetes, calças, biquínis, eis que surge a grande revolução no vestuário feminino: a mini-saia.

Concebida para revelar a beleza da mulher,a mini-saia não  teve uma aceitação propriamente fácil nas sociedades, mas aos poucos ganhou o seu lugar no mundo da moda. Desde de então as portas para a criatividade começaram a abrir-se de forma mais natural para os criadores. A moda passou a gozar da criatividade e exuberância à qual hoje está intimamente ligada!

 

Por todo o mundo os criadores de moda recorrem aos mais variados motivos, cores, tecidos, temas, padrões, cenários, para lançarem as suas colecções. A imaginação deambula em caminhos fartos de criatividade, sem regras, onde impera a lei daquilo que é ‘novidade’.

A moda infiltrou-se em todas as áreas da sociedade. Ninguém dispensa saber quais são as últimas tendências para a próxima estação e todos, uns mais escravos que outros, tentam seguir as tendências.

Seguir a moda é caminhar a par e passo com a modernidade, mas é também conservar a sua identidade exterior. Afinal quem nunca comprou aquela peça que esta “IN” , na estação?

 

 

  

Para melhor perceber a moda em Portugal, Gio Rodrigues, o designer conhecido pela sua sobriedade e exuberância, fala sobre o seu percurso no mundo da moda:

 

 

 

Como nasceu a marca Gio Rodrigues?

A marca Gio Rodrigues surgiu há 10 anos, quando tinha uma loja no Centro Comercial Península e comecei a criar uma colecção. Surpreendentemente, foi um sucesso e comecei a crescer e a aumentar as minhas criações. Na fase inicial só tinha roupa de homem, mas com o passar do tempo a moda feminina marcou posição. A empresa foi fundada em 2007, por mim, em sociedade com a minha mulher, numa aposta de trabalho mais directo com o cliente. A marca Gio Rodrigues existe desde 2000, mas tem vindo a desenvolver e expandir diversas linhas, sempre no sentido de completar a preferência dos seus seguidores.  

Em que se inspira para as suas criações?

As minhas criações são desenvolvidas no meu subconsciente, ou num momento de inspiração sem hora ou local definido. De um tema surgem inúmeros ramos,  como se fosse um caminho e daí vem um novo percurso, uma nova definição. Sou sempre terra a terra, pois considero desnecessário criar algo inútil que tenha beleza, mas não funcionalidade ou adaptação às necessidades humanas.  Quando estou a criar para uma noiva por medida, procuro inspiração no que ela me transmite, nas suas vivências e nos seus sonhos.

Que género de clientes procuram a marca Gio Rodrigues?

Os clientes Gio Rodrigues são pessoas decididas e com personalidade vincada. Quando procuram o meu trabalho, já o conhecem, distinguem e identificam-se comigo e com o que crio para eles. Os nossos clientes gostam de atenção, desde que entram na loja, passando pelas provas, até ao dia em que levam as peças para casa.   

Como caracteriza as suas criações?

Classe.

 

 

 

Por: Marta Soares

publicado por martasoares às 23:06

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