Foi assim que identificaram Álvaro Costa. O público contemporâneo reconhece o trabalho de grande parte de uma vida pública através de um meio virtual. É este o grande paradigma da comunicação que o “one man show” evidencia. Refere-se ao Facebook como sendo a internet, o media que está a criar uma geração de “ciborgues” inspiradora ao invés de meros cibernautas. Uma rede social que traz de volta a euforia vivida aquando da expansão da economia gerada pela internet. Atualmente estamos presentes quando o dedo indicador faz soar um “clique”. Vivemos de uma absorção constante da tecnologia e da rapidez que a mesma nos dispõe. “Está tudo muito mais rápido, comunicar é ter capacidade de correr à velocidade da luz”, afirmou. Esta terceira geração digital cria esse lado, “o lado da ilusão”, o lado instantâneo. Ao contrário de uma outra geração que, em tempos, “repensava a notícia, selecionava-a”, agora com o novo modelo como se cria uma notícia com rigor? Uma das questões que ao refletir, determinamos a importância do papel do comunicador. Não o comunicador de “casa”, aquele que ri alto sozinho em frente a um monótono ecrã com uma notícia que a “amiga” virtual partilhou na rede, mas sim o comunicador profissional que escreveu essa notícia e seguiu parâmetros cujos princípios se transformam todos os anos. A causa dessa mudança encontra-se nesta “alucinação coletiva do eu e do momento”. Álvaro Costa, a pessoa fora da rede, sente que o modelo centralizado está a acabar e que o problema incide na criação de novos modelos quando não se tem dinheiro para investir. Assim, o futuro e o apresentador ditam em conjunto que os media vão convergir nos novos “players” e esse será o modelo de comunicação. Apesar da atualização constante do acontecimento ser o mote da sobrevivência das empresas na rede, o próprio acredita que a maior parte das pessoas já não se sentam para ver um programa e a sua continuidade, “estão a fazer mil coisas ao mesmo, estão a comer, no Messenger, no Facebook, e, por isso, não estão a ver, está ligado apenas, é um programa B”. As redes sociais estão a conduzir o cibernauta para dois lados. O lado do acesso imediato, da partilha, da vida virtual que pode ser “anónima” e o lado do excesso de informação que de certa forma inibe o utilizador da boa informação e da exatidão. Um conflito que só irá ser desfeito quando criarem uma rede social com a aplicação: futuro.
Filipa Alves