Blog de Jornalismo Especializado, Universidade Lusófona Porto

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“Boa noite e boa sorte” é um filme produzido por George Clooney que conta a história dos vários conflitos políticos, económicos e televisivos nos primórdios do jornalismo televisivo na década de 50 nos Estados Unidos da América.

            Através deste filme é possível verificar os confrontos existentes entre o estado e a comunicação social que se sobrepunham a muitas outras questões relevantes na altura. Os meios de comunicação eram claramente forçados ao silêncio para não colocarem em questão e em debate atitudes de membros do governo. A manipulação e a pressão são fatos visivelmente claros do governo em relação à imprensa, nomeadamente à televisão, para que não fossem, reveladas informações ao público em geral. Porém, neste filme, essas “ordens” não são tomadas em consciência e a CBS decide revelar a todos os americanos dados importantes sobre um senador do governo americano que é contra os comunistas. Assim, confirma-se, então, que desde o início das transmissões noticiarias o estado exerce grande poder de pressão sobre os principais meios de comunicação. Relativamente às questões económicas, estas têm, também, bastante relevância perante toda esta situação. Se não houver fundos para produzir o programa, este não pode ser realizado e, consequentemente, transmitido. Assim, torna-se então mais difícil a tarefa dos vários órgãos da comunicação social em concluírem os seus objetivos pois têm contra si tanto o estado como as forças económicas. Devido a terem decidido não levar adiante as ordens do governo, a CBS, mais concretamente Edward Murrow (pivot do programa que fazia frente às questões politicas) foi alvo de represálias devido a ter tornada pública a questão de McCarthy (senador americano) contra os comunistas. Verifica-se, então, aqui, o superior poder do governo sobre os meios de comunicação na altura; devido à sua revelação, Murrow foi “castigado” por Paley (diretor da CBS) e obrigou-o a alterar os temas do seu programa mudando-o, também, para o horário nobre.

            Com todo este exemplo, concluí-se, então, que sem a menor dúvida que naquela época o governo exercia, sim, um grande poder de manipulação e de pressão sobre os mais variados meios de comunicação. No término do filme, Ed Murrow afirma que a televisão pode educar e ensinar mas somente se o ser humano assim o quiser. Murrow quer com isto dizer que a televisão pode transmitir verdades e educar mas apenas se os opressores assim o permitirem.

 

Por: Inês Oliveira

 

publicado por anavanessapinto às 15:51

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