Blog de Jornalismo Especializado, Universidade Lusófona Porto

26
Mai 11

 

A jovem Ana Rita Rodrigues preenche um dos lugares prestigiados entre os melhores atiradores portugueses. Familiarizada com os campeonatos europeus e mundiais, aos 19 anos, as armas não guardam segredos para ela e junta troféus.

 

Aos 19 anos, Ana Rita Rodrigues já tem uma ampla experiência com as armas. Vive em Vieira do Minho e atira pelo Clube de Caçadores da Póvoa de Lanhoso. Desde pequena que se mantém nestas andanças e tem sempre cultivado o seu gosto pela modalidade, “Quando tinha cerca de 10 anos, comecei a acompanhar o meu pai nas provas de tiro, o que começou a despertar a minha atenção”.
Não foi preciso muito tempo para a atleta começar a juntar troféus. Apesar de todas as conquistas, afirma ainda lhe faltar muito para conquistar “e as conquistas nunca são demais, pois sabem sempre muito bem. No fosso olímpico tudo que ganhei nos campeonatos da Europa foi em júnior. No fosso universal já consegui ser campeã da Europa de seniores, mas o meu desejo é consagrar-me no fosso olímpico para um dia poder participar nos jogos olímpicos”.

                As armas já não têm segredos para a jovem. Habituou-se a disparar com precisão e rapidez, mas admite que a maior característica num atirador é “acima de tudo gosto pela modalidade”, mas também umas boas “capacidades técnicas para uma boa execução do tiro, humildade e uma personalidade forte” para aguentar a pressão nos momentos decisivos.

                Na mesma medida destas características, o atirador também deve desfrutar de uma estabilidade financeira. Em termos gerais, o Tiro Desportivo é considerado um “desporto caro” como ela própria o diz. A jovem atiradora explica este conceito pelos “custos elevadíssimos, e nada apoiados”. A modalidade exige determinados investimentos suportados única e exclusivamente pelo atleta. Para ser federado na modalidade é necessário “tirar licença de tiro desportivo e fazer anualmente o exame de aptidão na federação. E claro, para quem quiser fazer as provas da federação, terá que desembolsar o dinheiro das inscrições para cada prova. Inclusivamente a compra de cartuchos para provas e treinos que são bastante caros”, afirma Ana Rita.

 As deslocações e a arma podem ter diversos preços, tudo isto, sustentado pelo próprio atirador. Isto reflecte-se no negócio que abrange esta área, como os próprios proprietários dizem, está “parado e muito mau, aparecem mais pessoas a vender armas do que para comprar”, acrescentam ainda que isto se deve em grande parte “à legislação do país. Quem faz a legislação não está na àrea, não percebe absolutamente nada da àrea nem as complicações que gera”, concluem com despeito.

                Depois de ter participado em campeonatos europeus e mundiais, Ana Rita Rodrigues, nota grandes diferenças na preparação das mulheres portuguesas relativamente a outros países, “nas grandes selecções, os atletas são profissionais e dedicam-se a 100 por cento à modalidade. São muito bem acompanhados pelos treinadores e restante equipa técnica que tratam do seu sucesso no tiro. Em Portugal, isso só é possível se estes gastos forem sustentados pelos próprios atiradores. A federação infelizmente incentiva e apoia mais o sexo masculino, o que faz com que o tiro feminino não vá evoluindo e vá tendo cada vez menos praticantes, pois as mulheres vão acabando por desistir por não serem apoiadas, nem incentivadas”, conclui a atleta, desapontada.

Nos campos de tiro nacionais, Rita, depara-se com outros embaraços ainda não ultrapassados. A jovem considera que ainda há preconceito relativamente às mulheres no tiro ao prato. A atiradora esclarece este preconceito por “muita gente pensar que as mulheres não sabem atirar, e que os resultados alcançados das mulheres são mais fáceis. Não têm o mesmo significado que os resultados dos homens”. A jovem serve-se destas razões para justificar o facto de haver poucas mulheres a praticarem Tiro Desportivo em Portugal, pela “discriminação” que se faz no país. Em contrapartida, atiradores experientes como António Barros e Bernardino Barros, têm outra visão e dizem não haver preconceito na modalidade. António Barros, esclarece esta visão e diz que há “mais competição na categoria masculina”, e é por este facto que normalmente o público masculino está mais concentrado e interessado nos resultados da categoria masculina.

António Barros expressa ainda a sua admiração pelas mulheres: “Temos em Portugal algumas mulheres que estão ao nível dos homens e que podem chegar muito longe. É uma honra para Portugal ter mulheres já reconhecidas internacionalmente”.

Apesar das dificuldades, a atiradora sente muito orgulho em vingar numa modalidade vista como “masculina”. Em entrevista, mostrou-se orgulhosa em vencer quando a participação masculina é uma maioria “é um gosto diferente, pois os homens ficam envergonhados quando derrotados por mulheres. E eu gosto especialmente de os derrotar”, admite com um enorme sorriso. 

               Um exemplo de mulher num mundo masculino, tal como outras que têm vindo a ascender na modalidade. Como atiradora consagrada nacionalmente e internacionalmente, deixa um incentivo às mulheres, “não tenham medo de praticar o tiro, pois o tiro praticado em segurança, é bastante agradável e traz grandes vivências. Aproveito também para dizer que o tiro é um desporto como outro qualquer, e como eu mesma mostro, não é um desporto só para homens”. Ana Rita Rodrigues, contraria todos os padrões que indicam o Tiro ao Prato como um “desporto masculino” e vence sem fronteiras na modalidade. Apesar das dificuldades, a atiradora sente muito orgulho em vingar numa modalidade vista como “masculina”. Em entrevista, mostrou-se orgulhosa em vencer quando a participação masculina é uma maioria “é um gosto diferente, pois os homens ficam envergonhados quando derrotados por mulheres. E eu gosto especialmente de os derrotar”, admite com um enorme sorriso.

 

 

CLUBES POR ZONAS:


Norte de Portugal

                             58

Sul de Portugal

67

Açores

4

Madeira

2

 

 

 

 

 

Para mais informações: Para mais informações: Federação Portuguesa de Tiro com Armas de Caça  / Confederação do Desporto de Portugal /  European Shooting  Confederation ( / Federation Internacionale de Tir aux Armes Sportives de Chasse  / International Shooting Sport Federation.

 

Por: Carina de Barros

 

publicado por crnbarros às 23:05

12
Mai 11

 

Manuel Fernandes da Silva deslocou-se à ULP, para participar, como convidado, na aula de Jornalismo Especializado. O jornalista da RTP partilhou, com a turma, algum do seu vasto conhecimento profissional, transportando os alunos ao universo do jornalismo desportivo.

 

Feitas as apresentações, Manuel Fernandes da Silva iniciou a sua intervenção com uma questão bastante pertinente, para os futuros jornalistas presentes na sala: como é trabalhar na área do desporto? “Não requer especialização técnica mas são precisos conhecimentos específicos, aplicando também os conceitos jornalísticos”, elucidou o jornalista, salientando a importância do profissional dominar o meio em que se move.

 

O jornalismo desportivo constitui um autêntico fenómeno. Não que se trate de um campo afastado dos princípios profissionais jornalísticos e da ideologia informativa, mas, de certo modo, reveste-se de contornos muito peculiares. “É um trabalho feito por jornalistas mas vai além do jornalismo”, refere Manuel, remetendo-se para uma outra dimensão: também o jornalista da área desportiva é um profissional especial.

 

 

Por: Ana Azevedo

publicado por anaclaudiaazevedo às 11:54
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 Na passada aula de jornalismo especializado recebemos mais um convidado, Manuel Fernandes, jornalista desportivo da RTP, que nos veio falar um pouco do seu trabalho e das suas experiências profissionais.

           

O jornalista começa por referir que o jornalismo desportivo não é uma ciência oculta, e que não é tão mau como tantas vezes se diz, definindo dois factores importantes para se estar no jornalismo desportivo que passam por,ter conhecimentos relativos na área do desporto e saber de jornalismo e domina-lo. Desengane-se quem acha que para se ser jornalista desta área é preciso saber tanto quanto um bom treinador, este requer conhecimentos específicos mas não técnicos.

 

Manuel Fernandes, fala da imparcialidade e da objectividade como elementos de grande importância no jornalismo. Uma vez que esta área desperta muitas emoções perante os receptores, deu como exemplo o momento que Nelson Évora conquista a medalha de ouro nos jogos Olímpicos de 2008,e a entrega da medalha ao atleta foi um momento mais mediático pela simbologia do toque do hino de Portugal. Segundo o orador, este factor acontece porque as emoções estão muito presentes na área do desporto, algo que é desaconselhável em outra área, mas nesta torna-se quase inevitável de aparecer no trabalho do jornalista.

Refere a importância de salvaguardar a ética jornalística na abordagem que o jornalista pode fazer dos acontecimentos com uma carga de emoção mais presente.

 

“Em Portugal na área do desporto, falamos, escrevemos, analisamos e respiramos futebol!”

 

O convidado, diz que o jornalista de desporto é mais observado, criticado e vigiado, por quem ouve rádio por quem vê televisão por quem lê os jornais, sendo que este público procura uma exigência de isenção por parte do jornalista.

O público recebe com agrado as emoções do jornalista, quando se da um jogo entre a selecção nacional, pelo facto de existir uma ideia pré concebida, de que este deve faze-lo. Por outro lado nos jogos nacionais o público não aceita qualquer manifestação do jornalista, preferindo a sua total isenção de emoções.

Sendo que na rádio o trabalho não é somente jornalístico, pois é relatada uma dinâmica no discurso, incluindo o momento como o locutor anuncia o golo.

No campo da televisão o jornalismo desportivo, tenta levar o telespectador as sensações que se vivem no local do acontecimento, muitas vezes através do repórter de pista, que da uma noção geral do ambiente que se vive no estádio e do estado de espírito dos que lá estão e de toda a produção.

Portugal é um país apaixonado pelo futebol, o qual se reflecte nas preferências dos programas mais vistos na televisão portuguesa:

 

  • 2005- Final da Taça UEFA entre Sporting – CSKA transmitido pela RTP
  • 2006- Meias-finais entre Portugal – França transmitido pela SIC
  • 2007- Oitavos de Final da Liga dos Campeões entre Chelsea – FCP transmitido pela RTP
  • 2008- Quartos de final do Euro 2008 entre Portugal – Alemanha transmitido pela TVI
  • 2009- Quartos de Final da Liga dos Campeões entre FCP -Manchester United transmitido pela RTP
  • 2010- Mundial 2010 entre Espanha – Portugal transmitido pela RTP

 

No campo desportivo o futebol destaca-se de todas as outras modalidades existentes, no entender de Manuel Fernandes, existe ainda muito trabalho por fazer por parte das outras modalidades, que passa através de estratégias de promoção de iniciativas apelativas para a imprensa.

O futebol, tornou-se também num negócio rentável para o mundo publicitário. Uma vez que os contactos com a imprensa estão regulamentadas pelos clubes uma vez que existe um controlo publicitário dos patrocinadores dos clubes, o que dificulta o acesso dos jornalistas á jogadores e técnicos com maior destaque.

O mundo do Futebol é um mundo atractivo para os negócios e vibrante para os seus adeptos.

 

 Por: Marta Soares

publicado por martasoares às 09:37
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  Como quarto convidado na nossa aula tivemos um conhecedor de desporto e principalmente de futebol, Manuel Fernandes Silva, jornalista da RTP.

  Considera que não é preciso especificação técnica nesta área, apenas conhecimento específico e claro está dominar o jornalismo em geral. Um jornalista desportivo tem afinidade a determinado clube, mas vê-se na obrigação de revelar imparcialidade ao ouvinte,leitor ou telespetador. Ainda assim, os receptores da informação, na maioria das vezes, não reconhecem a imparcialidade no jornalista e questionam-se normalmente de qual será o seu clube.

  O jornalista desportivo é alguém que se vê constantemente vigiado, criticado e até escortinado. Surge então o conceito de "treinador de bancada", aquele que opina em questões futebolísticas e quer perceber o posicionamento do jornalista. Quando o ouvinte está perante a narração de um evento desportivo, terá acesso a um misto de sensações, expressões e opiniões por parte do narrador. Daí que seja algo que vai para além do normal papel do jornalista e que tem como função levar o ouvinte ou telespetador á realidade do estádio, recorrendo por vezes a técnicas como o "slowmotion" em lances mais decisivos.

  A pessoa que narra um jogo de futebol de uma equipa portuguesa no estrangeiro pode dar enfâse ao seu comportamento em jogo. Agora "dentro de portas", o caso muda de figura deve ser isento nos seus comentários.

  A valoração no desporto é quase obrigatória, em que o resumo de uma partida de futebol funciona como uma crónica da mesma. Os contactos da imprensa com determinado jogador é regulamentado pelo clube que este representa.

  Em suma, a publicidade é algo que está ligado ao desporto e que gera milhares de Euros. Por outro lado, se outras modalidades desportivas querem chegar ao patamar do futebol, têm de procurar o seu próprio mediatismo.

  Antes do final da aula, o convidado dispôs-se a responder a eventuais perguntas dos alunos e a contar alguns episódios que já viveu desde que tabalha em jornalismo desportivo.

   Ilídio Guerreiro 

publicado por filipe89 às 09:23
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Para nortear os alunos quanto à especialidade de desporto em Jornalismo, esteve nada mais, nada menos que Manuel Fernandes Silva. Um especialista viajado na dita “ciência oculta” como diz o profissional. Actualmente, é jornalista na RTP e é uma presença assídua em programas destinados ao futebol. Uma modalidade que impera no desporto português, arrisco a dizer, “a classe rainha” desta área.

                Para tornar a sua intervenção mais proveitosa e interessante, o profissional optou por partilhar com os discentes a sua experiência, visto que não há muita informação nesta especialidade. Que como referiu, não é a área mais importante do jornalismo, mas está equivalente às outras especialidades no que toca ao conhecimento, ou seja, é preciso ter contactos e perceber das várias modalidades praticadas. “Não se tem que se perceber tanto como o Michael Jordan de basquetebol, tanto como o José Mourinho de futebol”, mas há um trabalho de preparação, de pesquisa, de estudo para dominar nas várias modalidades praticadas pelos atletas, quer portugueses, quer estrangeiros.

                Particularizou o assunto ao caso Português e fez perceber que neste país, predomina o futebol, “respira-se futebol” e por isso mesmo, esta especialidade distingue-se das restantes. Nesta, as emoções vêm ao de cima. Por conseguinte, o jornalista é mais vigiado, é mais escrutinado. Uma consequência quando o jornalista não tem tempo para pensar nestas situações, por vezes, consegue ser isento, outras, veste a camisola.      

                O jornalista “é uma espécie de camaleão conforme o evento em que está inserido”. Manuel Fernandes Silva, quer com isto dizer que pode optar por determinada posição conforme o evento que vai cobrir. Em grandes eventos como jogos europeus/mundiais que envolvem uma equipa portuguesa, a ideia que o jornalista está visivelmente a puxar por uma equipa (Portugal) é aceite pelos telespectadores, sem grande polémica. Mas se o jornalista tiver este mesmo comportamento num jogo da liga portuguesa (ex: FC Porto vs Benfica), o profissional vai ser severamente criticado. Neste tipo de jogos, terá que obrigatoriamente optar pela isenção para não haver polémica.

                Durante o jogo, não é usual a adjectividade, mas é normal uma valoração em penaltis, remates (…) porque convencionou-se desta maneira e é isso que se espera do jornalista. É algo evidente (considerado como uma interpretação do jornalista), não tão profundo como noutras especialidades.

Há outra grande diferença entre esta especialidade e as restantes por Manuel Fernandes Silva. Nas outras áreas, o espectador procura o jornalista para saber mais, para se actualizar de determinado assunto. Na área do desporto procuram o jornalista no sentido de saber qual a sua opinião para gerar a sua crítica ou apoio incondicional. A partir destes cenários, são levantados outros problemas porque o jornalista (especializado na área) lida com “árbitros de bancada” que depreciam a credibilidade da informação que o jornalista transmite, por algum motivo.

                Quanto à narração televisiva propriamente dita, o jornalista tem que estudar a melhor forma para transportar o telespectador ao estádio para que este percepcione a dinâmica que se faz sentir no recinto. O repórter de pista tem que ter a preocupação de aproximar o telespectador do acontecimento. Isso é possível com a realização, com as novas tecnologias, com planos de bancada (…).

                Em jeito de conclusão Manuel Fernandes Silva, admite que as televisões apostam muito nas transmissões de futebol porque, segundo as estatísticas, são os programas mais vistos desde 2005. Só quando nasceram os canais privados é que se deu espaço ao futebol na televisão porque só a partir dessa altura é que as audiências começaram a ser importantes. Não só pelas audiências, mas também pelo retorno de rendimento da publicidade (em tempo) que é transmitida num jogo.

                Despercebidamente seduziu as outras modalidades a chegarem a este patamar, a desejar o rendimento que o futebol consegue. A procurar uma projecção mediática através de mensagens para cativarem os telespectadores, promoção do desporto, a fazerem uma estratégia de comunicação quando os media estão presentes.  

                No ouvido ficou: “Todos os jornalistas têm o seu clube, mas por muito que simpatize com o clube, o profissionalismo tem que estar acima disso”.

 

 

Por: Carina de Barros

publicado por crnbarros às 02:01
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Manuel Fernandes Silva, Jornalista especializado na área do desporto, editor e apresentador de dois programa de futebol na RTP, foi o nosso convidado no âmbito da disciplina de Jornalismo Especializado lecionada pelo Professor Daniel Catalão na Universidade Lusófona do Porto. O tema abordado girou em torno do desporto e como tal, em portugal quando falamos em desporto, necessáriamente devemos falar de futebol e as restantes modalidades são postas de lado.

 

 

O Jornalismo Desportivo é uma especializaçõa dentro da área do Jornalismo e como tal deve-se obdecer  as regras do código deontológico do jornalista, embora que escrever sobre desporto é muito dificil, acrescentou ainda o jornalista,"não é facil fazer jornalismo nesta area", o repórter desportivo deve ter a capacidade de trasnsmitir para o telespectadores aquilo que as câmeras não mostram.

No jornalismo desportivo a linguagem é muito simples, se formos a comparar os títulos e as capas dos jornais especializados na área, como A Bola, o Record e O Jogo, escrevem de um modo erudito, frase do quotidiano, isso para dizer que todos querendo ou não passam a perceber um pouco do que se passa no mundo do futebol, se bem que as vezes os jornalistas são irónicos.

 

No que toca ainda ao futebol ,é de salientar que este desporto causa muitas emoções por isso o Jornalista referiu que quando se trata de um jogo a nível nacional, quase que se pede ao jornalista para ser uma máquina ou um camaleão, referiu ainda que os programas sobre futebol têm tido muita audiência, prendendo assim milhões de telespectadores ao ecrã, desde 2005 até a data presente e o numero de programas trasmitidos mostram a importância deste desporto e o quanto os portugueses gostam de futebol:

2005-Final da Taça UEFA: Sporting vs. Cska (transmitido pela RTP)

2006-Portugal vs França (transmitido pela SIC)

2007-Chelsea vs F.C.Porto (oitavos de finais da liga dos campeões transmitido pela RTP)

2008-Portugal vs Alemanha (quartos de finais do euro 2008 transmitido pela TVI)

2009-F.C.Porto vs Manchester United (quartos de finais da liga dos campeões transmitido pela RTP)

2010-Espanha vs Portugal (Mundial de 2010 transmitido pela RTP).

 

"O futebol está muito ligado a publicidade" afirmou o convidado, os jornalistas têm uma imagem muito credível como tal as empresas,agências de comunicação aproveitam essas oportunidades quando há jogos, nomeadamente de futebol para transmitirem algumas publicidades na qual são cronometradas e avisadas nas empresas que as publicitam por quanto tempo uma certa publicidade passou num determinado jogo.

por esse andar espero que daqui há uns tantos anos o futebol não passa a ser uma categoria independente no que engloba o desporto.

 

Por: Zanaida Augusto

 

publicado por zanaidaaugusto às 00:32

11
Mai 11

Manuel Fernandes Silva

Manuel Fernandes Silva apresentador do Programa televisivo da RTP Pontapé de Saída, esteve presente na aula de jornalismo especializado para falar de Jornalismo Desportivo.  

O jornalista considera que para exercer a área, quer seja em televisão, rádio ou jornal, não é necessário ter um conhecimento profundo e absoluto sobre o desporto. Requer, sim, conhecimentos específicos, especializados na modalidade sobre a qual se trabalha. Não é obrigatório, nem concebível um jornalista dominar todos os desportos praticados pelo mundo fora.

 

Ética Jornalística versus Emoção

Manuel Fernandes Silva considera que no desporto profissionalismo e sentimentos são indissociáveis. A racionalidade é, por vezes, esquecida e a carga emotiva despoleta. Para um jornalista que ‘’fala, escreve, ouve e analisa futebol’’, distanciamento é um factor difícil de manter constantemente. Contudo, é no jornalismo desportivo que a isenção atinge a exigência máxima. A imparcialidade é esperada por superiores e até pelo público que espera obter informação perceber a opinião vigente. Hoje, nos meios de comunicação democratizados, qualquer um tem uma opinião, assim como a possibilidade de a expressar. Como se usa na área, – ‘’treinadores de bancada’’. Se o jornalista perde, por momentos a racionalidade e acede ao cariz sentimental do trabalho poderá haver confronto de opiniões entre o profissional e o receptor.

Na rádio, a narração de um jogo de futebol não consegue ser cem por cento profissional. O primeiro impacto, a primeira impressão é a forma como o jornalista narra - com emoção, ansiedade, raiva, agitação ou até tristeza. Exemplo do fenómeno é Jorge Perestelo que impôs o seu cunho pessoal nas narrações que fez. Quem não conhece a mítica ‘’ ripa na rapaqueca’’?

Sobre a narração, Manuel Fernandes Silva considera ser mais que um momento meramente jornalístico/informativo. Quem ouve o relato futebolístico através da rádio procura a sensação de estar no estádio, daí ser de extrema importância os sons. Para tal existe o ‘’repórter de pista’’, aquele que se posiciona na zona lateral envolvente ao estádio, de forma a ser perceptível aos ouvintes perceber o que se passa nas bancadas. Cada jogo é um turbilhão de emoções e a adjectivação, impensável na prática de outros registos jornalísticos, é o normal e necessário, quase obrigatório, na escrita desportiva. ‘’ (…) No primeiro, Ozil cruzou de forma perfeita para a área (..)’’ escreveu o Jornal de Notícias sobre o jogo Barcelona-Getafe. ‘’Salomon Rondón, o artilheiro do Málaga’’ é o título de uma reportagem publicada no Record.

 

Audiências, Futebol e Outras Modalidades

De 2005 a 2010 são os jogos nacionais ou internacionais de futebol, os programas mais vistos, líderes de audiências. Com um máximo de 3.800 espectadores no jogo Chelsa-Porto em 2007. O país pára para ver futebol e enquanto assim for as televisões continuarão com as transmissões. Por enquanto, as restantes modalidades desportivas não dispõem de tamanha exposição. ‘’Devem tentar criar um caminho de divulgação. Apostar nas estratégias de comunicação que devem ser trabalhadas, assim como eventos de divulgação’’ refere Manuel Fernandes Silva. É o que tem tentado fazer o Estoril Open que começa a ser uma referência mundial, com a participação dos melhores jogadores e patrocinadores, uma grande aposta na divulgação e um site com actualização permanente.

 

A Publicidade no Desporto

O futebol é hoje em dia um negócio extremamente rentável. A publicidade estática que encontramos nas laterais do relvado do campo é proveitosa. Gera lucro consoante o período de tempo que surge na imagem do televisor. A empresa que publicita assegura a supervisão.

Podemos ainda encontrar publicidade nas conferências de imprensa, flash-interviews, e naturalmente, nos equipamentos dos jogadores.

 

Assessores como Bloqueadores

É o assessor que controla toda a comunicação interna e externa do clube. Assim sendo, qualquer tipo de decisão deverá passar por ele: enrevistas, reportagens, sessões fotográficas. Também é ele quem controla também o acesso dos jornalistas à informação. Este não escolhe com quem fala, quando nem onde. Nestes momentos, confidenciou Manuel Fernandes Silva, o jornalista deve ''desenrrascar-se''. Se o acesso aos intervinientes principais é vedado, deve procurar outros meios, outros testemunhos para recolher.

publicado por Catarina às 22:21
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Apresentação

 Manuel Fernandes Silva participou na aula de Jornalismo Especializado. O jornalista da RTP coordena e apresenta o programa semanal de análise do futebol português. Neste programa o jornalista conta com os comentários de Luís Freitas Lobo e Carlos Carvalhal e ainda, com a participação do jornalista Álvaro Costa. Por isso, a conversa de hoje não podia deixar de ser, sobre Jornalismo Desportivo.

 

 

 

 

 

 

Jornalismo Desportivo em Portugal

O actual pivô do programa Pontapé de Saída começou a por mencionar que “é difícil falar de Jornalismo Desportivo” porque não há muitas coisas escritas sobre este tipo de Jornalismo, mas arrisca a defini-lo. Segundo o jornalista, “o jornalismo desportivo não é um parente pobre, uma ciência oculta, um “escape” para os menos capazes, nem é o jornalismo mais importante que existe”. Refere ainda que para se fazer Jornalismo Desportivo é necessário conhecimentos específicos, mas não uma especialização técnica, exemplificando que “o jornalista que faz desporto não tem de saber tanto de futebol como o Mourinho, tanto de basquetebol como o Michael Jordan ou tanto de golfe como o Tiger Woods”. “Tem de saber essencialmente de jornalismo, mas é importante que tenha conhecimentos da área em questão. É importante que goste de desporto, mas tem de estar atento a outras áreas, porque jornalista é jornalista – tem de saber fazer política, economia, cultura, sociedade… Tem de compreender e analisar bem o fenómeno desportivo, mas fundamentalmente, tem de saber muito de jornalismo e saber usar esses conhecimentos”.

 

Pode o Jornalista falar de forma distanciada? Ou … Deve/Pode vestir a camisola?

Para Manuel Fernandes Silva estas questões acompanham o Jornalismo Desportivo e levam a reflectir sobre a Ética no Jornalismo.  

Não há regras distintas para o exercício do jornalismo da área de desporto. O Jornalista prefere falar de honestidade e imparcialidade no exercício da profissão em vez de objectividade. “No desporto está muito presente a emoção” isto é facilmente justificado com factos, como por exemplo, “tivemos mais audiências quando o atleta Nelson Évora sobe ao pódio, do que no momento em que ele ganha a prova”. “O próprio jornalista que está no local onde um clube vence deixasse levar pela própria emoção e faz transparecer isso quando é colocado no ar”.

Não se pode utilizar adjectivação num outro tipo de jornalismo, no desporto é muito comum escrever-se “grande defesa”, “extraordinário remate”. Este tipo de linguagem é quase obrigatório no desporto, refere. Além dos títulos e capas, as próprias notícias surgem numa linguagem quase erudita. Surge uma certa criatividade literária, às vezes carregada de sarcasmo e ironia.   A parcialidade e a separação da informação e opinião não são uma realidade no jornalismo desportivo.

 

O Desporto alimenta-se de Futebol

Manuel Fernandes Silva afirma que “na área do desporto falámos, ouvimos, escrevemos e respiramos futebol”. Desde 2005 até agora, os programas mais vistos são sobre desporto, sobre futebol.

 

Ano

Programa

2005

Super Jogo: Final da Taça UEFA: Sporting vs. Cska

2006

Portugal vs França

2007

Chelsea vs F.C.Porto

2008

Portugal vs Alemanha

2009

F.C.Porto vs Manchester United

2010

Espanha vs Portugal

 

O quadro acima apresentado reforça a ideia que o jornalista também transmitiu: “as pessoas, pelo menos os portugueses, são apaixonadas por futebol. “Quase todas as pessoas têm uma opinião sobre Desporto, podem não saber sobre politica, economia ou ambiente mas a esmagadora maioria tem sobre desporto, tem clube”.

Explica ainda que esta modalidade não necessita de criar eventos para a comunicação social andar atrás deles. Segundo o jornalista “o Jornalismo em Portugal irá acompanhar sempre os clubes, principalmente aqueles que têm maior destaque no nosso país – F.C.Porto, Benfica, Sporting e, a partir do ano 2000, a Selecção Nacional.

Para o pivô “as outras modalidades terão que criar eventos que justifiquem a presença de uma equipa de jornalista, e em Portugal, isso não se faz muito bem”.

Para reforçar a ideia que o Futebol é a modalidade de eleição no Jornalismo desportivo refere ainda, que os assessores dos clubes de futebol não ajudam os jornalistas, como acontece com outro tipo de jornalismo (politico), porque o futebol tem muito mediatismo. Os clubes têm, para Manuel Fernandes Silva, o “controlo absoluto da situação”, na medida em que o jornalista não escolhe com quem quer falar, onde quer falar, mas sim, o clube é que sabe, e ainda “impõe condições”, por exemplo, “quando um jogador fala, por norma há publicidade por detrás deles”.

 

 

Publicidade no Desporto/Futebol: um negócio rentável

Para finalizar a conversa com os alunos, o Jornalista fala na importância da publicidade no desporto. Explica que “quando um jogador fala e há publicidade atrás dele” é tudo estratégia do clube. Diz que “é contabilizado o tempo em que a marca esteve no ar, nem que seja 10 segundos”.

Manuel Fernandes Silva mostra o jornal “Bola” aos alunos como exemplo. Na capa o jogador Cardozo, do Benfica faz uma autentica campanha de publicidade à “Nike”. Isto rentável para o clube. E eles jogam com as armas que têm.

A publicidade estática, aquela que está à volta do campo de futebol é também contabilizada.

O jornalista afirma que este caminho começou à pouco tempo.”Há 20 anos, o futebol não era assim. Só a partir dos anos 80 com o aparecimento das televisões privadas. Antes disso, a RTP, televisão ao serviço do estado, era “obrigada a transmitir os jogos”. Depois disso tudo mudou, conclui.

 

 

 

 

 

 

Por: Joana Silva

publicado por joanassilva78 às 21:44

31
Mai 10

 

Para a realização deste trabalho final o tema por mim escolhido foi o Desporto. Como tal, nada melhor que recorrer a dois especialistas nesta área para deixar bem claro qualquer questão que permaneça sem resposta e desfazer alguns mitos que ainda possam existar. Ao Jornalista de imprensa escrita optei por uma entrevista por escrito e ao jornalista televisivo uma entrevista em audiovisual no seu local de trabalho: "Esposende TV", à qual pode assistir aqui ou no final do texto.

São dois profissionais cujo trabalho principal é de diferente plataforma mas cujas ideias assemelham-se em determinados pontos. Ora confirme:

 

publicado por carlacoelho às 18:00

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