Blog de Jornalismo Especializado, Universidade Lusófona Porto

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Mai 11

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Paula Martinho da Silva, jornalista de longa data da RTP, participou no ciclo de convidados da unidade curricular, Jornalismo Especializado.

Uma profissional especializada numa junção de áreas pouco comuns, cruzando a economia com a moda. Uma combinação interessante que tem adquirido cada vez mais espaço no órgão de comunicação a que pertence.

 

A jornalista iniciou a sua intervenção com uma pequena abordagem ao gigantesco império Inditex. Um grupo que inclui a marca Zara, Berskha, Stradivarius (...) para chegar ao ponto fulcral de que “viver de moda é difícil em Portugal”.

Paula Silva afirmou que muitas marcas internacionais conceituadas são produzidas em Portugal, ou seja, as peças de roupa são confeccionadas em Portugal, são made in Portugal. Em várias situações, a marca internacional prefere que a peça esteja associada a made in Europa do que made in Portugal. Apesar da excelente confecção que se faz em Portugal, apenas o que é produzido passa pelas fronteiras. O nome, esse, fica cá dentro. Paula Silva partilhou com os alunos uma experiência que teve em Milão, perguntou a várias pessoas se conheciam marcas portuguesas, mas tentativa falhada, ninguém conhecia marcas de Portugal.

 

A profissional falou da dinâmica da fast fashion e a produção in the moment, conceitos inteiramente ligados ao grande império Inditex. A empresa que democratizou a Moda em todo o mundo. O maior grupo de distribuição de moda do mundo, com sede em Arteixo, a 15 quilómetros da Galiza. O complexo tem perto de um milhão de metros quadrados, com onze fábricas, um centro de logística, um centro comercial piloto e um atelier com trezentos estilistas para que haja mudança de “montras” nas lojas semanalmente, às quintas-feiras. Esta gigantesca fábrica, emprega cerca de noventa e dois mil trabalhadores, entre os quais cinco mil são portugueses. Um caso de sucesso estudado nas mais prestigiadas universidades, com um dono muito discreto (Armâncio Ortega), sem entrevistas e sem publicidade. Abriram portas, pela primeira vez, à jornalista Paula Martinho da Silva, que partilhou com os discentes, os pontos fulcrais desta empresa, onde a grande parte da produção é feita no norte de Portugal.

 

Uma globalização de moda no mundo em que Portugal está presente, como produtor por encomenda, mas que poderia ocupar o rosto da marca porque tem uma confecção de excelência, como afirma Paula Silva “os melhores escolhem Portugal”. E é esta, sem dúvida, a grande diferença entre Portugal e Espanha. De um lado, ficam as produções, Portugal. Do outro lado, ficam as marcas, Espanha. 

 

Por Carina de Barros

 

publicado por crnbarros às 17:07

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