Já lhe aconteceu pensar que está a ser perseguido? Ligar uma televisão ver uma cara, entrar no carro e ouvir a voz da mesma pessoa ou, até, viajar pela internet e ser, mais uma vez, bombardeado com comentários ou informações dessa mesma pessoa? Pois bem, essa situação é possível com Álvaro Costa, jornalista da RTP.
“Hoje, com a tecnologia que usamos, somos meios de comunicação.”
A frase é do mesmo jornalista, Álvaro Costa, aquando de uma aula aberta à comunidade universitária na Lusófona do Porto, na passada quarta-feira, 22 de Maio. Com um ar natural e completamente descontraído, o jornalista da RTP, de 53 anos, proporcionou uma viagem “atribulada” por todo o seu vasto trabalho. O “comício”, esse, decorreu de uma forma bastante relaxada e em jeito de conversa informal. Se nos perguntarmos, a nós e até mesmo aos outros quem é Álvaro Costa, a resposta será, tendencialmente, a mesma: “é o da liga dos últimos.” A verdade é que, apesar de segundo o jornalista, “a liga dos últimos foi o Santo Graal da minha reconstrução”, o seu reportório fala mais alto que somente “o programa cultural”, do povo, que vibrava com o futebol.
A sua tremenda variedade de conhecimento, junto com uma comunicação fluida e, de certo modo, desconcertante – no bom sentido, claro -, permitiu-lhe alargar a sua área de trabalho entre os demais temas: música, desporto e tecnologia. O programa “Bons rapazes”, na Antena 3 ficava ao encargo do jornalista que, em conjunto com Miguel Quintão, em Lisboa, deliciavam os ouvintes com duas horas de novidades e sucessos musicais; No futebol, apesar de ser um adepto confesso, e “gostar muito do jogo”, opta por uma postura mais neutral. No programa “Grande Área”, da RTP Informação, o jornalista é responsável pelo “programa B”, uma espécie de extensão ligada à tecnologia, seja nas redes sociais ou noutro formato qualquer.
A variedade e conhecimento são duas das principais armas que o jornalista tem em seu poder. Apesar disso, a sua inspiração está “nas leituras ou conversas com a nova geração.” Com a preocupação de ter, sempre, “um pé na deontologia e no rigor”, Álvaro deliciou, cativou e motivou a plateia da Universidade Lusófona.
“O futuro [da comunicação] é brilhante.”
Actualmente, o jornalista é responsável pelo programa “Portugal 3.0” mas, contudo, tem diversos projectos futuros. Explicando à plateia que, basicamente, até a “Joana-Tv” pode existir, o jornalista falou dos seus trabalhos futuros, relacionados com um canal de televisão da era digital, a AC.TV.
De uma forma geral, é enriquecedor para qualquer estudante, seja, ou não, da área da comunicação, lidar de perto com profissionais tão mediáticos e experimentes. Sucintamente, mais do que aprender segundo linhas orientadoras ou traços de aprendizagem, o conhecimento é transmitido a partir de experiências vividas e transmitidas aos que, no futuro, gostavam de passar por isso.
fotografia de Renato Cruz Santos, retirada do facebook oficial do jornalista
Luís Miguel Costa