Para ser um bom Jornalista atualmente, tem que estar preparado para tudo, ter a capacidade de poder pegar num texto e adaptá-lo para rádio, televisão, Web. Hoje a informação não está sobretudo agregada aos jornais impressos, os ecrãs estão a tomar conta de quase toda informação, não que um invalida o outro pelo contrário ambos se complementam. Manuel Molinos editor online do jornal de notícias esteve na ULP como convidado no âmbito da disciplina de Jornalismo Especializado. Falou entre vários assuntos, sobre o posicionamento do Jornal de Noticia na Web e Mobile.
Na abordagem feita na aula, Molinos começou por referir que o JN foi o primeiro jornal em Portugal a ter uma presença na internet, as notícias em papel eram resumidas e publicadas no jornal digital. “Foi um processo amador”, referiu o convidado, o JN teve uma evolução tranquila, passo a passo foram dando informações as pessoas sempre com um “sorriso”. Este processo estendeu-se até 2008 a partir desta data resolveram criar um site que foi desenvolvido durante um ano e consecutivamente alvo de muitas transformações. O site teve início sem ter uma agregação nas redes sociais, hoje é uma das grandes aposta do jornal, ainda em 2008 criou-se um núcleo de jornalista que trabalhavam na redação para colaborarem no jornal online, assim como todas as funções requer um responsável, o jornalismo na Web tem um editor online, uma espécie de pivô, escreve, dá a cara e assina as peças.
“Apostamos muito na multimédia, o jornalista tem que ser bom na elaboração de vídeo e na escrita” referiu o convidado. A reportagem multimédia foi criada com o propósito de juntar uma narrativa e um vídeo, explora ainda vários conceitos como a actualização constante, a interatividade, a personalização e a hipertextualidade. No JN o processo evoluiu todos os jornalista têm acesso a plataforma Web, podem colocar conteúdos quer em Lisboa ou no Porto. Molinos salientou ainda que o JN tem recebido vários prémios. Só no mês de Março tiveram mais de 23 milhões de visitantes.
O conceito de pirâmide invertida não é o mais relevante para o jornalismo praticado na Web, pois a informação esta constantemente a ser actualizada e os links fazem com que o utilizador se dispersa, é ele que tem o poder de escolha e decide por onde quer começar a ler.
O convidado referiu que “Umas das coisas mais significativas e perceber que temos de estar nas redes sociais”, atualmente há uma espécie de gestor das redes que faz a gestão da informação. O JN está em vários suportes apesar de ter uma presença mais activa no facebook e twitter, são estas plataformas que ajudam a publicação da informação, dai as redes sociais serem bastante importante.
Menciona ainda, que “Na Web não podemos só vender a informação”,pois os utilizadores estão acostumados a ter tudo de graça. Por último, referiu a presença do JN na área mobile, “ai está uma mudança significativa importante”, acrescentou o convidado, se existe um novo aparelho que tenha acesso a internet o JN tem de lá estar, o objectivo é encestar em tudo, iphone,ipod,ipad e playstation portable.
Por: Zanaida Augusto