Blog de Jornalismo Especializado, Universidade Lusófona Porto

29
Abr 11

           Manuel Molinos é, actualmente, o editor online do Jornal de Notícias, um jornalista da era digital, e autor de variadas reportagens multimédia relevantes em Portugal. No passado, distinguiu-se no cargo de jornalista do já extinto : «Comércio do Porto» e também como chefe de redacção do jornal online diariodonorte.pt. Têm sido várias vezes convidado a estar presente em jornadas de ciberjornalismo, o que mostra o seu relevo neste sector e hoje não foi excepção.

 

 

 

Manuel Molinos - Jornal de Notícias

 

             Manuel Molinos iniciou a sua intervenção por referir que o primeiro jornal com versão web em Portugal Continental foi, efectivamente, o Jornal de Notícias, onde todo o trabalho apenas se resumia à transposição de artigos da versão em papel para a versão web. Explicou que, no início, este processo era deveras amador, visto que havia somente 2 jornalistas encarregues de tratar a informação para a web. Contudo, já em 2008, o Jornal de Notícias decidiu dar um passo à frente e remodelou totalmente o site, que tinha sido alvo de reflexão durante cerca de um ano.

 

             Afirmou e fez questão de sublinhar que as redes sociais são uma aposta grande, ao contrário dos primórdios do JN online.

Com a expansão do JN online, sentiram a necessidade de criar um núcleo de jornalistas (os mesmos da redacção) a trabalhar no mesmo online, pois era indispensável alguém que hierarquizasse a informação na web. Consequentemente, com a expansão do jornalismo digital/online, há uma grande aposta na multimédia, onde existe um pequeno núcleo de experientes em flash e javascript. Deste esforço na multimédia, resultam infografias e materiais únicos no nosso país e na europa, dado o nível altíssimo dos experientes nesta matéria.

             Uma vez mais, voltando a abordar as redes sociais, referiu que o JN decidiu investiu fortemente nestas também através da criação de um posto de gestor de redes sociais, onde o mesmo faz uma gestão, onde não se limita a colocar "posts" mas também está atento ao que se passa nas mesmas redes, "vigiando-as" ao minuto. Revelou também ser imprescindível o contacto com os utilizadores de rede, para uma maior interacção com o público. A presença nas redes, por parte do JN é deveras importante e tem-se traduzido num visível aumento de tráfego. No facebook e no twitter são transmitidos, ao minuto, links, que redireccionam as pessoas para o site, onde há uma maior e melhor abordagem dos temas postados nestas redes.

            Referindo-se ao passado do JN, realçou que durante o período em que o JN esteve associado á PT, e teve domínio sapo.pt, onde maior parte das visitas ao site vinham através da página central do Sapo. Por sua vez, é possível observar, através de ferramentas próprias, que, hoje em dia, a maior parte das visitas surge através do Google. No passado mês de Março, foram batidos recordes de visualizações do site, afirmou. Abordando um pouco da história da empresa Controlinveste, que detém o Jornal de Notícias, a TSF, o jornal : " O Jogo" e parte da Sportv esclareceu que as ordens desta são bastante específicas no que respeita à competitividade do mercado e necessidade de cada vez mais se fazerem produtos mais dinâmicos, profissionais, interactivos e capazes de vender. Daí, tem surgido um enorme investimento, por parte da Controlinveste, no E-Paper, que é uma versão electrónica/digital que procura imitar o jornal convencional, todavia, com mais recursos dinãmicos e interactividade. Adiantou que o "E-paper" só faz sentido se houver um desenvolvimento e disponibilização de ferramentas neste sentido. Este foi, efectivamente, o primeiro produto lançado pelo JN, para vender online, afirmou.

            À semelhança do que foi dito anteriormente, as receitas são o objectivo máximo num mercado tão competitivo e tão repleto de metas cada vez mais rigorosas para atingir.

            Em jeito de conclusão referiu que, no que respeita à área mobile, também remodelada, tem havido igualmente um forte empenho e investimento, com a criação de aplicações do JN para iPhone e Android. Contudo, a incompatibilidade de certos vídeos e conteúdos multimédia para iPhone e Android obrigou a este mesmo investimento. Referiu que faz, efectivamente, sentido que os meios de comunicação, nos dias que correm, cobrem pela instalação destas "app's", como forma de gerarem daí receitas.

 

"A nossa ideia é estar omnipresente em todas as áreas multimédia" ; " O fenómeno do jornalismo multiplataformas é evidente e presente."

 

Por: José Miguel

publicado por miguelgarcia88 às 15:39

08
Abr 10

 

O jornalismo digital, online ou na web em Portugal, e à semelhança de outros países atravessou várias fases. Primeiro os contéudos online eram uma reprodução dos conteúdos dos meios impressos, depois passaram a ser criados em exclusivo para o meio online com a introdução de imagem som e video e por último os conteúdos são criados exclusivamente para o online adaptando-se às características do meio tirando partido de todas as suas potencialidades. (Esta divisão não é defendida por todos).

 

Em que fase se encontra o web jornalismo em Portugal? É possível que alguns orgãos de comunicação social tirem mais proveito das potencialidades da internet que outros? O jornalismo só para a internet é o futuro? Estas são questões complexas de responder.

 

Sara Cardoso

publicado por sararncardoso às 00:25

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